Queiroz teve que devolver R$ 16,8 mil à Alerj de benefício irregular

Benefício foi pedido para custear os estudos da filha Nathália,que também trabalhava na Casa

© Reprodução/SBT

Política Auxílio 21/01/19 POR Notícias Ao Minuto

O ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz, recebeu R$ 16,8 mil de auxílio-educação para uma das filhas, entre 2007 e 2011, quando trabalhava para o então deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O montante, que seria usado para custear os estudos da filha Nathália Melo de Queiroz, foi recebido de forma irregular. A jovem trabalhava na própria Alerj e por isso era inelegível ao benefício.

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Queiroz teve de devolver o valor após conclusão do inquérito, em 2012. O ressarcimento foi parcelado e quitado em 2015, segundo o 'G1'.

Em episódio conhecido como Bolsa Fraude, em 2008, todas as bolsas de estudo concedidas pela Alerj foram suspensa temporariamente para investigação. Na renovação, os funcionários tiveram que assinar uma declaração de que estavam a par das regras. Queiroz assinou o documento, mesmo não cumprindo as normas do programa. A irregularidade com a bolsa de Nathália só foi descoberta em 2011.

Nem Flávio nem Queiroz são citados na investigação do Bolsa Fraude, em que deputados chegaram a ser cassados por contratarem funcionários-fantasma e embolsar o benefício.

+ Quais suspeitas assombram Flávio Bolsonaro

Nathália trabalhava no gabinete de Flávio, depois passou para o setor de taquigrafia da Alerj e voltou para o gabinete. Ela estudava Educação Física na Universidade Castelo Branco no turno vespertino.

O ex-assessor do filho do presidente Jair Bolsonaro tinha três filhos inscritos no auxílio-educação e recebia por todos eles. Cada uma das cotas era de R$ 447,25 — o que equivale a R$ 835 em valores corrigidos pelo IPCA. Queiroz era assessor CAI-16, cujo salário atualmente é de R$ 5.486,76.

Defesa

O advogado que defende Queiroz no caso do Coaf informou ao 'G1' que todos os valores indevidos foram descontados. Sobre a renovação, ele disse que o seu cliente assinou sem ler, na "correria".

Na época em que foi identificada a irregularidade com a bolsa de estudo, o defensor de Queiroz deu uma justificativa semelhante. Ele afirmou que o seu cliente é Policial Militar e "definitivamente, não tem trato regular com papéis, condição subjetiva a ser considerada".

Contudo, atualmente, ao justificar movimentações suspeitas em sua conta, o ex-assessor afirmou ser "um cara de negócios", pois atua com compra e venda de carros.

 

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