© Ueslei Marcelino/Reuters
O embaixador da Alemanha no Brasil, Georg Witschel, disse nesta segunda-feira (21) que há uma opinião crítica sobre o país no exterior desde a vitória do presidente Jair Bolsonaro.
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Em entrevista, após encontro com o vice-presidente Hamilton Mourão, o diplomata disse que há uma espécie de apreensão em países estrangeiros sobre a possibilidade da situação do Brasil se deteriorar.
"Geralmente, há um certo nervosismo que a situação pode deteriorar, e que a luta pela mudança do clima pode ser encerrada. Não acho que isso reflete a verdade, mas há uma opinião critica", disse.
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Para o embaixador, essa reputação "meio errada" precisa ser melhorada e o novo governo deve explicar melhor as suas intenções, demonstrando que haverá continuidade em políticas de direitos humanos e de preservação do meio ambiente.
"Há uma preocupação em partes da nossa sociedade. O que nós queremos é cooperar e medir o novo governo segundo os atos e fatos, não por tuítes e palavras ditas durante a campanha eleitoral", afirmou.
Durante a campanha, Bolsonaro disse que poderia retirar o Brasil do Acordo de Paris, que estabelece metas de redução da emissão de gases causadores do efeito estufa.
Em entrevista recente, contudo, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que o país deve permanecer na iniciativa, mas que o mundo também precisa respeitar a autonomia do país para estabelecer suas políticas ambientais.
O novo governo acompanhou os Estados Unidos e oficializou no início do ano a retirada do Pacto Global de Migração, um conjunto de diretrizes visando a colaboração em questões migratórias.
No final do ano passado, o embaixador francês nos Estados Unidos, Gérard Araud, ironizou declaração de Bolsonaro de que a vida na França havia se tornado "simplesmente insuportável" por causa da imigração.
"63.880 homicídios no Brasil em 2017, 825 na França. Sem comentários", escreveu em uma rede social.
Com informações da Folhapress.