© REUTERS / Rafael Marchante (Foto de arquivo) 
O juiz da 21ª Vara da Justiça Federal do Paraná, Luiz Antônio Bonat, será convocado para assumir os processos da Lava Jato. Desde a saída de Sérgio Moro da Operação para assumir o Ministério da Justiça do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), os casos têm sido de responsabilidade da juíza substituta Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba.
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O prazo de inscrição para a vaga se encerrou nessa segunda-feira (21). Segundo a revista 'Veja', Bonat superou os demais candidatos nos critérios de seleção: antiguidade na magistratura, com desempate definido pela melhor colocação no concurso público.
Nascido na capital paranaense, o juiz se formou na Faculdade de Direito de Curitiba em 1979, é especialista em Direito Público pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e um dos autores do livro "Exportação e Importação no Direito Brasileiro".
O magistrado entrou na Justiça Federal em setembro de 1993, na 1ª Vara Federal de Foz do Iguaçu. Também atuou na 3ª Vara Criminal Federal de Curitiba e na 1ª Vara Federal de Criciúma (SC), além de varas previdenciárias.
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Bonat foi o juiz responsável pela primeira condenação criminal de pessoa jurídica no Brasil, em 2002. A empresa, bem como os seus sócios, foi condenada pela extração e depósito de areia sem autorização em uma área de preservação ambiental permanente à margem do rio Urussanga, no Morro da Fumaça (SC).
O juiz já atuou com João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), e com o desembargador Rogério Favreto, que determinou a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em julho do ano passado. A decisão de Favreto foi revogada por Gebran.