Amazon amplia operação própria e bate de frente com gigantes do varejo

Nesta terça-feira, a empresa começou a vender diretamente ao consumidor final

© Adrian Hancu / iStock

Economia brasil 22/01/19 POR Estadao Conteudo

Fraldas, ferramentas, produtos de limpeza, de beleza e aparelhos para a casa se espalham pelos 40 mil m² do primeiro centro de distribuição da Amazon no Brasil. O espaço, equivalente a seis campos de futebol, é o símbolo de um aguardado movimento da gigante global de e-commerce no País. Passados mais de seis anos de sua chegada ao Brasil, a Amazon finalmente começa nesta terça, 22, a trabalhar com estoque próprio de 120 mil produtos e a vender diretamente ao consumidor final.

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Desde 2017, a gigante americana só vendia esses itens por market place, ou seja, de forma terceirizada, mas a única operação própria era de livros. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, o presidente da varejista no País, Alex Szapiro, diz que o centro de distribuição próprio é uma "evolução" da operação brasileira da companhia.

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A notícia sobre o movimento da Amazon rumo a uma operação própria afetou os papéis das principais varejistas online do País. As ações da B2W (dona de Submarino e Americanas.com) tiveram queda de 3,26%, para R$ 44,40, enquanto Magazine Luiza recuaram 4,13%, para R$ 167. "Uma plataforma como essa é uma concorrência direta. É um alerta, acende uma luz vermelha", diz Louise Barsi, analista da Elite Corretora.

O BTG Pactual, em relatório, relativizou a questão: "Apesar do sucesso da Amazon em mercados como Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos e da forte posição da empresa na Índia e no Japão, esperamos que no Brasil a companhia continue enfrentando competição por parte de empresas bem estabelecidas." Segundo Pedro Guasti, presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da Fecomércio-SP, o movimento da Amazon aproxima a operação brasileira do padrão internacional em quantidade de itens ofertados e prazos de entrega. Para ele, é uma evolução "ainda tímida, mas consciente".

A Amazon não revela valores investidos no centro de distribuição de Cajamar, região metropolitana de São Paulo. O espaço alugado pertence à operadora de galpões Prologis. O processo de empacotamento é majoritariamente manual, com auxílio de máquinas. Segundo a Amazon, há etapas do processo que são mais eficazes quando feitas por seres humanos.

Apesar de, por enquanto, não trabalhar com alimentos, a Amazon vai entrar em produtos vendidos em supermercados, como itens de limpeza. Essa estratégia é adotada também pelo Magazine Luiza desde 2017. Segundo especialistas, esses produtos garantem fidelidade e alta frequência de compra. Nos EUA, o avanço da Amazon nessa área motivou a aquisição dos supermercados Whole Foods.

Por aqui, a Amazon mantém sigilo dos planos. "Mais que concorrer com A ou B, queremos ter certeza que, desde a hora em que o cliente acorda até a hora em que ele vai dormir, tenhamos disponíveis os produtos do seu consumo", diz Szapiro.

Frete. A proposta da Amazon é oferecer frete grátis para compras acima de R$ 149, no caso de entregas padrão, de até uma semana. Para capitais do Sul e do Sudeste, existe a entrega rápida em até um dia, que é cobrada. Simulação feita pela reportagem para a capital paulista mostrou uma taxa de R$ 10,90.

O centro de distribuição da Amazon vai atender apenas os produtos da empresa. Por enquanto, a gigante não vai prestar serviços de armazenamento e entrega a seus vendedores de market place, o chamado Fulfillment by Amazon. Segundo Guasti, esse seria um passo natural para a empresa no Brasil. Questionado, Szapiro não quis comentar o assunto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e Estadão Conteúdo. 

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