Escaladores brasileiros desaparecem em monte na Argentina

O capixaba Fabrício Amaral e o mineiro Leandro Ianotta foram vistos pela última vez na sexta-feira ao meio-dia por um grupo de montanhistas

© Enrique Marcarian/Reuters

Mundo sumiço 23/01/19 POR Folhapress

Dois escaladores brasileiros estão desaparecidos desde sexta-feira (18) no monte Fitz Roy, na região da Patagônia, na divisa da Argentina com o Chile. Eles pretendiam voltar para a base do Parque Nacional Los Glaciares no domingo (20), mas foram surpreendidos pelo mau tempo e não retornaram.

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O capixaba Fabrício Amaral e o mineiro Leandro Ianotta foram vistos pela última vez na sexta-feira ao meio-dia por um grupo de montanhistas, que optaram por descer o monte. Os dois brasileiros continuaram subindo. Como previsto, uma frente fria severa atingiu o local naquele mesmo dia.

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Na segunda (21), uma equipe de resgate formada por socorristas do parque e alpinistas estrangeiros voluntários começaram as buscas por Amaral e Ianotta, mas o mau tempo e a própria formação da montanha têm dificultado o trabalho de resgate.

Segundo o jornal argentino Clarín, as chances de encontrar os alpinistas perdidos a salvo são cada vez mais escassas, porque se passaram quatro noites em condições meteorológicas muito ruins e eles estavam sem equipamentos ou suprimentos suficientes para o longo período de tempo.

A última postagem de Iannota nas redes sociais foi no dia 15 de janeiro, quando os dois fizeram a primeira subida no monte Fitz Roy. No texto, ele conta que enfrentaram vento forte e por isso decidiram descer e esperar uma "janela" para continuar a trilha.

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"Aprendendo a cada dia e enquanto isso, sigo pedindo ao anjo da guarda escalador uma força!", escreveu ele.

Ianotta trabalhava como guia de escalada na Cachoeira do Tabuleiro, na serra do Espinhaço, no município de Conceição do Mato Dentro -é a mais alta cachoeira de Minas Gerais.

Ainda segundo o Clarín, foi confirmada na segunda (21) a morte de um alpinista tcheco na parede sul do monte argentino, por provável hipotermia. Seu nome não foi divulgado e as equipes de busca disseram não acreditar que haja o resgate do corpo, nem mesmo de helicóptero, porque o local é de muito difícil acesso -arriscado até mesmo para os socorristas.

Procurado, o Ministério das Relações Exteriores disse que o Consulado do Brasil em Buenos Aires acompanha o caso dos brasileiros e está em contato com os familiares, "prestando-lhes a assistência consular cabível". Com informações da Folhapress.

 

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