© Reuters / Ricardo Moraes
Escutas telefônicas feitas pelo Ministério Público e autorizadas pela Justiça na Operação 'Os Intocáveis' revelam ameaças da milícia contra moradores de regiões na Zona Oeste do Rio. A ação policial realizada nesta terça-feira (22) resultou na prisão de cinco pessoas.
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De acordo com o G1, o grupo é suspeito de gerenciar imóveis construídos de forma ilegal em comunidades como Rio das Pedras, Muzema e adjacências. Os áudios revelam que a milícia extorquia moradores e comerciantes destes locais, cobravam pagamento de propina e faziam ligações clandestinas de água e energia. Segundo informações recebidas por meio do Disque Denúncia, eles cobravam R$ 100 pelos "gatos" de luz, R$ 90 pelo gás e R$ 50 pela internet clandestina.
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Em uma gravação do dia 15 de novembro, Manoel de Brito Batista, o Cabelo, diz que vai tomar uma atitude violenta caso cortem "gatos" em um de seus empreendimentos imobiliários. "Se ele cortar os cabos meu lá, vai ser diferente porque eu vou cortar as duas pernas dele e os dois braços", diz.
Um outro áudio mostra Cabelo dando uma ordem para um homem, dizendo que era para barrar um morador de entrar na comunidade caso o aluguel não fosse pago até o dia 5 de novembro.
"Se ele não pagar o aluguel hoje, amanhã é pra travar não deixar ela entrar não, tá?", afirma Cabelo.
"A L. já pagou, o 402 já pagou. Manuel, não pagou não, não pagou não, tá sem pagar mesmo", responde uma voz masculina.
"Se ele não pagar hoje, amanhã não é pra deixar ele entrar não, tá?", disse.
A operação desta terça-feira (22) prendeu cinco pessoas. São eles: Maurício Silva da Costa, o tenente reformado conhecido como Maurição, Careca, Corou ou Velho; Ronald Paulo Alves Pereira, o major da PM conhecido como Major Ronald ou Tartaruga; Laerte Silva de Lima; Manoel de Brito Batisa, o Cabelo; e Benedito Aurélio Ferreira Carvalho, o Aurélio.
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