© Carlos Garcia Rawlins / Reuters
O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou para esta quinta-feira (24) uma reunião extraordinária para analisar os "recentes acontecimentos na Venezuela", que viu nascer uma nova onda de protestos contra o regime de Nicolás Maduro.
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A sessão foi pedida por oito países da entidade: Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos e Peru. Em meio à queda de braço entre o governo e a oposição, manifestantes voltaram às ruas nesta semana para pedir a saída do presidente, que neste mês tomou posse para seu segundo mandato.
Maduro foi declarado como "usurpador" pela Assembleia Nacional, o Parlamento sem poderes dominado pela oposição, e é tratado como ditador por 13 dos 14 países do Grupo de Lima - a única exceção é o México.
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O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, expressou na última terça (22) "apoio incondicional" do governo americano ao povo da Venezuela, que "levanta sua voz pedindo liberdade". Em vídeo voltado aos manifestantes, Pence chama Maduro de "ditador sem qualquer direito ao poder".
Já o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, definiu o chavista como "ex-presidente" em uma mensagem no Twitter. Tanto o Brasil quanto os EUA reconhecem a Assembleia Nacional como único organismo legítimo no país, já que a Justiça e a Assembleia Constituinte, que faz as vezes de poder Legislativo, são fiéis a Maduro.
O presidente foi reeleito em maio de 2018, mas alguns candidatos de oposição foram impedidos de concorrer e o pleito foi boicotado por mais da metade dos eleitores. (ANSA)