© Leah Millis/Reuters
Mão aberta levantada, Juan Guaidó, 35, jurou encarregar-se do poder Executivo da Venezuela, às 13h44 da tarde (horário local, 15h44 em Brasília), sendo muito aplaudido no palco armado em Chacao, no lado leste de Caracas.
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Em seguida, o presidente dos EUA, Donald Trump, reconheceu Guaidó como presidente interino do país latino-americano.
"Sabemos que isso vai ter consequências. Mas não vamos permitir que se desinfle esse movimento de esperança, que seguirá ainda por dias, semanas ou meses, e por isso peço a todos os venezuelanos que juremos como irmãos que não descansaremos até alcançar a liberdade", disse Guaidó.
O presidente da Assembleia Legislativa anunciou que, no próximo fim de semana, serão apresentados o plano de anistia e o programa para a transição que se dará caso seja possível remover Nicolás Maduro do cargo. Contou que a Assembleia Nacional esteve trabalhando "incansavelmente" nesse projeto nos últimos dias.
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Disse que contava com o apoio do "chavismo dissidente" e que não haveria perseguição num momento "de união para o bem de nosso país".
Afirmou que no próximo domingo, a Venezuela seria já um outro país e pediu que todos o acompanhassem cantando o hino nacional, que começou então a ser executado.
Por volta das 11h locais, porém, o Tribunal Supremo de Justiça, ligado a Maduro, declarou que a Assembleia Nacional atacava a Constituição "ao tentar usurpar o poder do presidente da República".
Também disse que o órgão não tem autoridade para escolher representantes em organismos internacionais, como a Assembleia Legislativa fez na terça-feira (22), nomeando um representante para a OEA (Organização dos Estados Americanos), que aliás já viajou hoje para um encontro com o secretário-geral, Luis Almagro.
O Tribunal voltou a declarar que as atitudes do parlamento são nulas e que atentam contra a Constituição. "A Assembleia segue violando o texto constitucional e portanto continua sendo considerado que está em desacato", disse Juan Jose Mendoza. Terminou sua fala dizendo, ainda, que o Ministério Público do país estava encarregado de fazer as acusações formais contra a Assembleia, nos próximos dias.
Enquanto isso, em Caracas e em várias capitais, houve manifestações durante toda a manhã, sem enfrentamentos e, em geral, pacíficas. Os distúrbios estiveram concentrados na madrugada, quando quatro pessoas foram mortas em Catia, em El Junquito e na estrada que liga La Guaira a Caracas. Com informações da Folhapress.
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