Capitão Augusto desiste de disputa para apoiar Maia na Câmara

Ele afirmou que seu intuito como candidato era "ajudar Bolsonaro" e que decidiu retirar a candidatura por temer que a divisão de votos pudesse "atrapalhar o governo"

© Valter Campanato/Agência Brasil

Política Presidência 24/01/19 POR Folhapress

Após veicular charges criticando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o deputado Capitão Augusto (PR-SP) desistiu de concorrer à presidência da Casa e apoiará a reeleição do ex-adversário.

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Nesta quinta-feira (24), o deputado afirmou que nunca fez críticas a Maia: "Quem fazia as charges não era eu".

Porém, à Folha de S.Paulo, no início de janeiro, ele havia chamado o atual presidente de ganancioso. "Rodrigo levou a legenda [PSL], mas perdeu voto. Foi um erro estratégico sem tamanho. A ganância fez ruir o castelinho", disse Augusto.

Além disso, em uma das ilustrações enviadas pelo WhatsApp, aparece novamente com arma na mão e ao lado de Bolsonaro e de uma bandeira do Brasil diante de Maia, que tem com ele corações e personagens que simbolizam partidos de esquerda -PT, PC do B e PSOL- com uma placa de rejeição à Lava Jato e uma bandeira vermelha.

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"Sim, ele articula com a esquerda", disse Augusto, mas, segundo ele, a desistência se deu após conversa com Maia em São Paulo, no domingo (20). "Eu vejo alguns nomes com uma certa preocupação. Se chegarem no segundo turno, vira uma loteria", disse.

Ele afirmou que seu intuito como candidato era o de "ajudar o presidente [Jair] Bolsonaro" e que decidiu retirar a candidatura por temer que a divisão de votos pudesse levar à eleição de alguém que "atrapalhe o governo".

No caso, concorrem como oposição a Maia nomes como Marcelo Freixo (PSOL-RJ), Fábio Ramalho (MDB-MG), Arthur Lira (PP-AL), Ricardo Barros (PP-PR), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Alceu Moreira (MDB-RS) e JHC (PSB-AL).

A pulverização de votos pode terminar levando a decisão para um segundo turno, perspectiva vista com preocupação por aliados de Maia.

Augusto, que concorria avulso -seu partido, o PR, declarou apoio a Maia no início do mês-, nega que tenha havido algum tipo de troca na decisão. No entanto, ele admite ter pretensões de comandar a comissão da Casa que trata de segurança pública.

O parlamentar estima ter entre 60 e 65 votos de apoio. Com informações da Folhapress.

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