Feriados trarão ao comércio perdas de R$ 15,5 bilhões

Na avaliação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) o excesso de feriados ao longo deste ano, muitos dos quais em datas imprensadas com os finais de semana, vai impor ao comércio brasileiro “prejuízos na lucratividade” de cerca de R$ 15,5 bilhões, em 2015 – resultado 22,5% maior que em 2014, já descontada a expectativa de inflação prevista para 2015.

© Reuters

Economia CNC 03/02/15 POR Agência Brasil

“Além do menor número de dias úteis no ano corrente, contribui para o agravamento das perdas decorrentes do maior número de feriados a crescente relação folha de pagamento/receita operacional no comércio brasileiro em curso desde 2009”, mostra CNC.

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A entidade lembra que no ano passado, além do meio expediente na quarta-feira de cinzas (5 de março) e também em 15 de novembro,(sábado), outros sete feriados nacionais integrais ocorreram em dias úteis para o comércio. “Em 2015 o maior número de interrupções ocorrerá em função de dez feriados integrais entre segundas e sextas-feiras, além do meio expediente da quarta-feira de cinzas (18 de fevereiro)”.

Para a CNC, além de perdas parciais de vendas – parte dessas transações são concretizadas antes ou após os dias não úteis –, o fechamento dos estabelecimentos ou a opção pela abertura das lojas em dias não úteis “compromete a lucratividade do setor por meio da elevação extraordinária dos custos trabalhistas decorrentes das operações neese dias".

As estimativas da CNC baseadas nos dados mais recentes da Pesquisa Mensal de Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apontam para a primeira queda do varejo ampliado nos últimos dez anos.

A entidade ressalta, ainda - com base em dados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged) - que no ano passado a ocupação e o rendimento médio real dos trabalhadores formais do comércio cresceram, respectivamente, 2,0% e 1,8%. “Com isso a massa de rendimentos do setor acusou expansão de 3,8%, maior que o volume de vendas em 2014, mantendo a tendência de crescimento da relação folha de pagamentos/receita operacional líquida, o que vem acontecendo desde 2009.

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