© Roberto Stuckert Filho/PR
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) se manifestou nesta sexta-feira (25) sobre a desistência de Jean Wyllys (PSOL-RJ) em assumir o seu terceiro mandato como deputado federal. O parlamentar anunciou que vai deixar o cargo e o país por medo de ser morto.
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“O deputado Jean Wyllys, defensor dos direitos humanos – das mulheres, dos homossexuais e LGBTIs, da população negra e do povo trabalhador de nosso país – renunciou ao seu mandato e vai exilar-se. A razão para este ato extremo de Jean Wyllys é ter sido ameaçado de morte pelos mesmos milicianos que mataram Marielle Franco, no Rio”, escreveu Dilma, em sua conta no Twitter.
1/ O deputado Jean Wyllys, defensor dos direitos humanos – das mulheres, dos homossexuais e LGBTIs, da população negra e do povo trabalhador de nosso país – renunciou ao seu mandato e vai exilar-se.
— Dilma Rousseff (@dilmabr) January 25, 2019
2/ A razão para este ato extremo de Jean Wyllys é ter sido ameaçado de morte pelos mesmos milicianos que mataram Marielle Franco, no Rio.
— Dilma Rousseff (@dilmabr) January 25, 2019
A petista também destacou que as ameaças relatadas por Jean Wyllys representam um perigo à democracia.
“Quando um parlamentar destemido e corajoso como o deputado Jean Wyllys não considera segura sua presença no país, a democracia não está apenas ameaçada, mas profundamente ferida”, acrescentou a ex-presidente da República.
3/ Quando um parlamentar destemido e corajoso como o deputado Jean Wyllys não considera segura sua presença no país, a democracia não está apenas ameaçada, mas profundamente ferida.
— Dilma Rousseff (@dilmabr) January 25, 2019
Por fim, Dilma criticou a postura de Jair Bolsonaro sobre o caso. O atual presidente teria comemorado a decisão de Jean de deixar o Brasil.
“Confirma os temores do deputado Jean Wyllys o fato de o Presidente da República comemorar sua decisão. É terrível que uma autoridade defenda milícias, é estarrecedor que um candidato tenha ameaçado seus opositores com exílio e prisão. Mas é inadmissível que um Presidente possa se orgulhar ou comemorar algum desses fatos. Sua missão é respeitar a Constituição, defender a democracia, honrar seu país e dignificar seu cargo”, finalizou.
4/ Confirma os temores do deputado Jean Wyllys o fato de o Presidente da República comemorar sua decisão. É terrível que uma autoridade defenda milícias, é estarrecedor que um candidato tenha ameaçado seus opositores com exílio e prisão.
— Dilma Rousseff (@dilmabr) January 25, 2019
5/ Mas é inadmissível que um Presidente possa se orgulhar ou comemorar algum desses fatos. Sua missão é respeitar a Constituição, defender a democracia, honrar seu país e dignificar seu cargo.
— Dilma Rousseff (@dilmabr) January 25, 2019
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