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A médica da Vale Marcelle Porto Cangussu é a primeira vítima fatal identificada do rompimento de uma barragem da Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na sexta-feira (25).
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Ela se formou pela Universidade Federal de Minas Gerais, com especialização em Medicina do Trabalho, e trabalhava na Vale há cinco anos.
Mirelle Porto, mãe da vítima, disse ao jornal "O Globo" que, na noite anterior ao rompimento da barragem, a família comemorou o aniversário de Marcelle, que fez 35 anos na última quinta-feira.
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"No dia 24 de janeiro, ficamos com ela até meia-noite. No dia seguinte, às 7h30m, ela já estava no trabalho. A ideia era continuar as comemorações pelo aniversário com os amigos dela na noite de sexta-feira (25). Minha filha era agraciada em todos os sentidos. Orgulhava-se demais do trabalho, desdobrava-se em horários e plantões longos. Às vezes, entrava às 7h e saía às 20h. Era uma pessoa brilhante. Passou em terceiro lugar no vestibular da UFMG, onde cursou a faculdade. Morreu feliz, com certeza, trabalhando no que sempre desejou", disse a mãe de Marcelle.
"Até onde sei, ela nunca demonstrou se preocupar com insegurança no trabalho. Nossa família se preocupava, sim, com o fato de ela pegar a estrada para ir para lá, mas nunca sobre estar trabalhando no local com medo de rompimento", disse Larissa, irmã de Marcelle, ao "Globo".
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Segundo o Corpo de Bombeiros, ao menos 9 pessoas morreram e cerca de 354 pessoas estão desaparecidas. Os trabalhos de resgates devem durar semanas.
[Notícia em atualização conforme mais nomes foram confirmados]
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