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Os pareceres que indicavam segurança da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, estão sendo apurados pela Polícia Federal (PF). A barragem se rompeu na última sexta-feira (25) causando destruição e mortes.
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O delegado responsável pela investigação, Luiz Augusto Pessoa Nogueira, afirmou que a PF deve apurar se os documentos são legais. "A nossa linha de investigação é apurar se esses documentos foram feitos dentro da legalidade", destacou.
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A Polícia Federal e a Polícia Civil abriram inquéritos para investigar o rompimento da barragem.
Em conversa com o G1, o delegado da PF responsável pelo caso confirmou que a corporação está apurando toda a documentação da barragem da Vale e da empresa que fazia os laudos sobre a segurança da estrutura de depósito de rejeitos.
"Estamos apurando a legalidade desta documentação. Em casos como esse, temos a informação de que são as empresas [neste caso, a Vale] que fornecem a documentação. Ou seja: segundo as informações que temos, elas contratam uma empresa terceirizada, que faz as análises de segurança e apresenta o laudo dizendo que tá tudo bem ou não", explicou Pessoa Nogueira.
A reportagem do G1 destaca que investigadores envolvidos no inquérito suspeitam que possa haver fraude na documentação. Os papéis indicam que a barragem que rompeu na sexta-feira era segura e a investigação apura se essa hipótese vai se confirmar a partir da análise de documentos.
"A gente está trabalhando com o Ministério Público estadual e o Ministério Público Federal e demais polícias para acelerar as investigações e fazer uma apuração conjunta , recolhendo muitas provas", disse o delegado.
A PF deve ouvir os executivos da Vale ao longo desta semana.