© Ricardo Moraes / Reuters
A Vale informou, por meio de nota, que não autoriza ninguém a falar em nome da empresa após o rompimento da barragem em Brumadinho (MG).
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O texto foi divulgado nesta segunda-feira (28) após o defensor da companhia, Sergio Bermudes, declarar que a Vale "não enxerga razões determinantes de sua responsabilidade" e que, por isso, a diretoria não se afastaria de seu comando "em hipótese alguma".
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"A Vale esclarece que não autorizou nem autoriza terceiros, inclusive advogados contratados, a falar em seu nome. A Vale volta a ressaltar, de forma enfática, que permanecerá contribuindo com todas as investigações para a apuração dos fatos e que esse é o foco de sua diretoria, juntamente com o apoio às famílias atingidas", diz a íntegra da nota.
Bermudes afirmou que "não houve negligência, imprudência, imperícia".
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A TRAGÉDIA
Uma barragem da mineradora Vale se rompeu e ao menos uma transbordou nesta sexta-feira (25) em Brumadinho, cidade da Grande Belo Horizonte, liberando cerca de 13 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro no rio Paraopeba, que passa pela região. A lama se estende por uma área de 3,6 km2 e por 10 km, de forma linear.
Até a manhã desta segunda-feira (28), 60 corpos haviam sido encontrados. Desses, 19 já foram identificados, segundo a Polícia Civil de Minas. Até o momento, foram resgatadas 192 pessoas pelos bombeiros. Há 292 desaparecidos, segundo a Polícia Civil de Minas Gerais.
Nesta segunda, as forças de segurança que trabalham nas operações de busca se reuniram com a equipe israelense que chegou na noite de domingo para auxiliar no resgate, e com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
Espera-se que os 136 militares agilizem o processo de retirada de vítimas somados aos 280 bombeiros. Entre os equipamentos trazidos de Israel estão sonares que podem detectar sinais de celular a até três metros de profundidade e distinguir a lama de outras substâncias, como corpos. Com informações da Folhapress.