© REUTERS / Ueslei Marcelino (Foto de arquivo) 
Houve uma mudança na técnica cirúrgica empregada para a retirada da bolsa de colostomia do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Inicialmente, a ideia era fazer uma ligação entre duas partes do intestino grosso (cólon direito com o cólon transverso).
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Segundo o boletim médico divulgado na tarde desta segunda (27), foi feita uma anastomose (ligação) com o íleo (intestino delgado) e o cólon transverso.
Ou seja, foi retirado o cólon direito e construída uma ligação direta entre o intestino grosso e o delgado, tecnicamente chamada de colectomia direita. A informação foi confirmada pelo cirurgião Antônio Macedo, responsável pela cirurgia.
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De acordo com cirurgiões ouvidos pela Folha de S.Paulo, a decisão foi estratégica para reduzir o risco de fístula no pós-operatório. "A fístula do íleo com o cólon transverso é menos comum. E o cólon direito [que foi retirado na cirurgia] não é vital", afirma o cirurgião gastrointestinal Diego Adão Fanti Silva, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
A função do cólon direito, segundo Fanti Silva, é basicamente absorver água. "Então, no começo a pessoa evacua mais vezes ao dia e mais pastoso. Depois, normaliza", explica. Com a mudança, as chances de fístula caem para menos de 5%.
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O fato de o presidente ter sido levado para a UTI após a cirurgia também é vista como uma medida de precaução. "Foi uma cirurgia longa. Por mais que não sangre, o paciente perde líquidos, desidrata, inflama muito. Isso pode fazer a pressão cair e o coração disparar nas próximas 24 horas", afirma Fanti Silva. Com informações da Folhapress.