© Adriano Machado/Reuters
As consequências do mar de lama em Brumadinho (MG), após o rompimento da barreira Córrego do Feijão, no último dia 25, estão sendo aos poucos compreendidas. A primeira preocupação é com a saúde dos sobreviventes. Até o momento, 65 mortes foram confirmadas e 279 pessoas estão desaparecidas. As informações são do R7.
PUB
"A gente tem que entender que a lama não é problema só físico. A lama enterrou histórias. As pessoas estão sofrendo. Há um sofrimento mental. Mesmo os bombeiros, ao assistirem às cenas grotescas, evidentemente, isso reflete na capacidade psíquica", atestou o médico sanitarista Marcus Vinícius Polignano.
+ Com tiros, agentes executam animais na lama de Brumadinho
+ Valor total de ações contra a Vale é de R$ 60 bilhões
Os socorristas estão tomando dois comprimidos a cada sete dias de Cloridrato de Doxiciclina, para prevenir doenças como a leptospirose. "Quem teve contato com a lama, teve com subtâncias tóxicas. Na lama não tem só minério de ferro, mas elementos químicos, como metais pesados. Tem também componentes à base de amina, que são irritantes para a pele", explicou Polignano.
+ Engenheiros e funcionários da Vale são presos durante operação
+ Brumadinho: corpo de dona de pousada destruída pela lama é identificado
Além de tomar a medicação, todas as pessoas devem ser monitoradas por médicos. A assistência aos atingidos a curto, médio e longo prazos e a contenção da lama de rejeitos são outras preocupações. Por esse motivo, o Ministério Público está tomando todas as providências necessárias para amenizar as consequências.
Saiba mais sobre a tragédia de Brumadinho.