© Reuters / Adriano Machado
Mesmo após ser autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu não ir ao encontro da família em São Bernardo do Campo (SP), após sepultamento do seu irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, que morreu vítima de câncer nessa terça-feira (29). O petista havia pedido liberação para acompanhar a cerimônia, no entanto, a autorização do ministro Dias Toffoli (STF) chegou após o enterro de Vavá, nesta quarta-feira (30).
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A senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, classificou como "maldade" a negativa de duas instâncias da Justiça que impediram a presença de Lula no ato, de acordo com o 'Globo'. O ex-presidente recorreu ao STF após duas negativas.
"Não deu tempo para que o presidente pudesse se deslocar para dar o último adeus ao Vavá. Nós já estávamos com corpo no túmulo (quando chegou a notícia da decisão de Toffoli). Então não tinha como parar o enterro e as condições do corpo não permitiam adiar (o enterro)", disse a senadora em um breve discurso no enterro.
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"Infelizmente a ilegalidade começou com a Polícia Federal. O delegado, que foi o delegado que tomou o depoimento do Lula naquela coercitiva ilegal em Congonhas, foi o delegado que disse que a PF não tinha as condições. E o ministro Sérgio Moro, que é o ministro responsável pela Polícia Federal não teve nenhuma atitude para fazer prevalecer a lei. A gente lamenta muito isso", completou.
Mais cedo, pelo Twitter, Gleisi havia criticado as justificativas dadas pela PF para negar a presença de Lula na cerimônia:
Se ñ consegue garantir a segurança a um velório como PF garantirá o combate ao crime organizado?! O PT ofereceu transporte a Lula e aos agentes de segurança p/ ir ao enterro do irmão. Só tem duas palavras q resumem essa decisão: incompetência e perseguição https://t.co/e5E4ykEyqz
— Gleisi Lula Hoffmann (@gleisi) 30 de janeiro de 2019
A família de Lula pretende viajar para Curitiba para visitar o ex-presidente na Superintedência da PF nesta quinta-feira (31).