Em protesto contra a Vale, MST bloqueia ferrovia em Brumadinho

Famílias em acampamento usavam água do rio Paraopeba, agora poluído por rejeitos

© Isac Nóbrega/PR 

Brasil barragem 31/01/19 POR Folhapress

Membros do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) bloquearam, nesta quinta-feira (31), a ferrovia do terminal de Sarzedo, que escoa a produção de minério de empresas como a Vale, na região de Brumadinho (MG). Famílias em acampamento usavam água do rio Paraopeba, agora poluído por rejeitos.

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Segundo o movimento, o objetivo do bloqueio é chamar a atenção da Vale para a situação do acampamento "Pátria Livre", após o rompimento da barragem da empresa na última sexta-feira (25). Mais de 15 caminhões estão parados na estrada, sem poder cruzar para o outro lado da ferrovia.

+ Acompanhe as últimas notícias sobre a tragédia em Brumadinho

Neste momento, representantes do MST e da Polícia Militar de Minas Gerais discutem a liberação de uma via para os caminhões. A Polícia argumenta que os galhos e troncos usados para bloquear o trilho não vai parar o trem. Agentes de uma empresa privada de segurança que presta serviço para a transportadora MRV também estão no local.

O acampamento Pátria Livre, onde vivem 600 famílias (cerca de 2.000 pessoas), fica localizado às margens do rio Paraopeba, contaminado pelo rejeitos da barragem. A água era usada pelo MST para irrigar lavouras, cuidar dos animais e lavar.

+ Sirenes não foram acionadas por 'velocidade' do rompimento da barragem

+ Sobe para 57 o número de animais resgatados em Brumadinho

Segundo Cristiano Meirelles da Silva, coordenador do MST, desde o dia da tragédia, nenhum representante da Vale foi até o acampamento. Eles também não foram procurados pelo governo estadual ou municipal.

Sem água, dizem os moradores, as hortas e os animais já estão morrendo. "Estamos cobrando providências imediatas das autoridades", afirma Meirelles.

Algumas famílias também foram diretamente atingidas pelo desastre, porque perderam parentes soterrados no mar de lama.

O MST estabeleceu o acampamento em julho de 2017. A maioria das casas fica próxima ao rio, o que pode impossibilitar a permanência das famílias no local.

O futuro de uma escola, construída pelo MST no acampamento e reconhecida pelo governo estadual, também está em xeque por estar ao lado do Paraopeba. A água era usada para irrigação da horta da escola, hoje parte da rede estadual e que conta com 350 alunos. Neste momento, o MST aguarda a chegada de representantes da Vale. Com informações da Folhapress. 

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