Oposição e chavistas fazem novas manifestações hoje na Venezuela

Enquanto os apoiadores de Maduro vão comemorar o 20º aniversário da revolução bolivariana, os pró-Guaidó pedirão eleições livres no país

© Carlos Garcia Rawlins / Reuters

Mundo Crise 02/02/19 POR Lusa

As forças que apoiam o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e as da oposição, vão regressar no sábado (2) às ruas de Caracas em duas marchas distintas. 

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Os apoiadores do chavismo vão comemorar o 20º aniversário da revolução bolivariana e devem recordar o juramento do antigo líder socialista Hugo Chávez como presidente da Venezuela (entre 1999 e 2013), além de condenar os "ataques" de Washington contra Caracas e o seu governo.

Já o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, convocou uma grande manifestação nacional e internacional de apoio ao ultimato dado pela União Europeia a Nicolás Maduro para convocar eleições livres no país.

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Crise

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se proclamou presidente interino do país e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.

Nicolás Maduro, 56 anos, chefe de Estado desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento, no qual a oposição tem maioria, como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.

A União Europeia fez um ultimato a Maduro para convocar eleições nos próximos dias, prazo que Espanha, Portugal, França, Alemanha e Reino Unido indicaram ser de oito dias. Depois disso, 28 países vão reconhecer a autoridade de Juan e da Assembleia Nacional, majoritariamente da oposição, para liderar o processo eleitoral.

A repressão dos protestos antigovernamentais da última semana provocou 40 mortos, de acordo com dados das Nações Unidas. A crise política soma-se a uma grave crise econômica e social, que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, ainda conforme a ONU.

 

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