© Isac Nóbrega/PR 
O porta voz dos Bombeiros, tenente Pedro Aihara disse nesta sexta-feira (1) que a lama de rejeitos de minério em Brumadinho, chegou a 80 km/h após o colapso da barragem da Vale.
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O cálculo foi possível após a análise de imagens feitas de vídeos de segurança da mineradora que estavam em poder das autoridades mineiras desde o dia posterior ao rompimento da barragem. As imagens vieram a público nesta sexta-feira (1º), transmitidas pelo canal Globonews.
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Segundo o tenente, as autoridades que estão na operação de resgate de vítimas da barragem decidiu não divulgar as imagens para não gerar pânico na população e não causar uma evacuação generalizada e desnecessária da cidade.
"A decisão de não divulga-las foi de envasamento técnico. Tendo em vista que havia o monitoramento da outra barragem, existia uma grande preocupação daquelas imagens gerar-me um pânico generalizado da população (...) As pessoas poderiam ter um movimento de evacuação generalizado".
Segundo Aihara, as imagens serviram desde o primeiro dia para fornecer informações a modelos matemáticos que tentam estimar a localização de corpos.
Nas imagens, os bombeiros analisaram o fluxo da lama, a disposição de veículos e de prédios. Foi possível, por exemplo, verificar que a lama chegou a 70 km/h e até 80 km/h, após o rompimento.
Pessoas que estavam confinadas em locais fechados, como o refeitório tendem a ter seus corpos encontrados mais próximos daquele ponto. Outras que estavam em campo aberto podem ter sido levadas a grandes distâncias.
Aihara disse ainda que as buscas devem seguir por tempo indeterminado. "Cada uma das equipes vai ser responsável por um quadrante, de modo que nenhum metro de lama deixará de ser vistoriado", disse.
O tenente citou o caso de Mariana, quando as buscas duraram três meses. Com informações da Folhapress.
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