Pela primeira vez, general reconhece Guaidó como líder da Venezuela

Francisco Yanez, da divisão de Aviação, postou vídeo dizendo desconhecer autoridade de Maduro

© Stringer . / Reuters

Mundo Apoio 02/02/19 POR Folhapress

O general da divisão de Aviação venezuelana Francisco Yánez postou um vídeo em redes sociais neste sábado (2) dizendo reconhecer o líder da oposição Juan Guaidó como chefe de Estado da Venezuela, e não mais o ditador Nicolás Maduro.

PUB

"Estou me dirigindo a vocês para informá-los de que desconheço a autoridade autoritária e ditatorial de Nicolás Maduro e reconheço o deputado Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela", declarou Yánez, que aparece uniformizado no vídeo.

Yánez, diretor de Planejamento Estratégico do alto comando da Aviação Bolivariana, na base aérea de La Carlota, no leste de Caracas, afirmou que "90% da Força Armada Nacional Bolivariana não estão com o ditador".

É o primeiro general da ativa a reconhecer Guaidó, presidente eleito da Assembleia Nacional, desde que este se declarou presidente encarregado do país, no último dia 23 de janeiro. Na gravação, ele ainda conclama outros militares a desertarem do regime de Maduro.

O comando de aviação acusou o general de traição.

+ Oposição e chavistas fazem novas manifestações hoje na Venezuela

+ Rússia segue EUA e suspende tratado de desarmamento nuclear

O apoio de militares é uma das variáveis-chave na balança de poder entre Maduro, que se elegeu para um novo mandato até 2025 em eleições contestadas pela comunidade internacional, e o oposicionista Guaidó.

O jovem opositor de 35 anos foi reconhecido como autoridade máxima do país por Brasil, EUA, Colômbia e, mais recentemente, pelo Parlamento Europeu. Ele tem afirmado que pretende apenas chefiar um processo de transição e que não vai se candidatar a presidente.

Em manifestação contra a ditadura bolivariana na quarta (30), em Caracas, manifestantes pediam aos militares que permitissem a entrada de ajuda humanitária no país e que deixassem de seguir as ordens de Maduro. Cartazes estampavam a frase "Força Armada, recupera a tua dignidade".

Guaidó, que participou do protesto, tem feito diversos acenos aos militares, como a promessa de um plano de anistia àqueles que desertarem do governo Maduro.

"É um duro golpe para as Forças Armadas, embora não tenha comando", disse à AFP a especialista em questões militares Rocía San Miguel.

A cúpula da Força Armada declarou em várias ocasiões sua lealdade absoluta ao presidente, mas a instituição mostra fissuras.

Em 21 de janeiro, dois dias antes de Guaidó se autoproclamar presidente interino, 27 militares da Guarda Nacional se rebelaram contra Maduro, e após se entrincheirarem em um quartel de Caracas, foram detidos.

Essa rebelião fez explodir surtos de violência, com pequenos protestos e roubos, que deixaram em uma semana 40 mortos e 850 detidos, segundo relatórios da ONU.

A ONG Controle Cidadão, presidida por San Miguel, calcula que 180 militares tenham sido detidos em 2018 acusados de conspirar, e 10 mil membros da Força Armada tenham pedido baixa desde 2015. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 23 Horas

Morre o cantor Agnaldo Rayol, aos 86 anos

fama Óbito Há 19 Horas

Detalhes sobre o funeral de Liam Payne são divulgados

fama Mortes Há 22 Horas

Todos os famosos que morreram em 2024 e alguns você nem lembrava

mundo Uganda Há 18 Horas

Raio cai em igreja e mata 14 pessoas durante culto em Uganda

fama Maternidade Há 23 Horas

Nasce primeiro filho de atriz Margot Robbie, diz revista

fama Cantora Há 21 Horas

Rihanna diz que torcia pela seleção brasileira e era fã de Ronaldinho Gaúcho

esporte Bastidores Há 23 Horas

'A verdade, como o sol, sempre sairá', diz Marcelo após rescisão com Fluminense

fama Hobbies Há 18 Horas

Famosos que pularam de bungee jump e fizeram outras loucuras radicais!

fama Luto Há 16 Horas

Bailarina de Claudia Leitte teve parada cardíaca em ensaio

fama Polêmica Há 17 Horas

Sean Combs, o Diddy, completa 55 anos em meio a processos e denúncias sexuais