Maduro diz que enviou carta pedindo ajuda ao Papa Francisco

Venezuelano quer auxílio do líder católico para diálogo

© POOL New/Reuters

Mundo crise 04/02/19 POR Ansa

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse hoje (4) que enviou uma carta ao papa Francisco para pedir ajuda para instaurar um diálogo político no país.

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"Enviei uma carta ao papa Francisco, espero que esteja a caminho ou que já tenha chegado a Roma, ao Vaticano, dizendo que estou ao serviço da causa de Cristo. E, com esse espírito, pedi a sua ajuda para um processo de facilitação e de reforço do diálogo, como direção", contou Maduro, em entrevista à emissora italiana SKY TG24.

"Eu peço ao Papa que faça seu melhor esforço, a sua vontade, para nos ajudar no caminho do diálogo. Esperamos receber uma resposta positiva", ressaltou. O Papa, que está em viagem oficial aos Emirados Árabes Unidos, tinha comentado na semana passada que estava disponível para uma mediação na Venezuela, mas desde que as partes envolvidas na crise manifestassem seu interesse e compromisso com o diálogo.

+ Países europeus reconhecem Guaidó como presidente da Venezuela

"Sofro com o que ocorre na Venezuela, temo o derramamento de sangue", disse o líder católico no último dia 28 de janeiro. "Eu apoio todo o povo venezuelano, que está sofrendo. Se eu dissesse 'ouça esse país ou aquele outro', eu me colocaria em um papel que não conheço. Seria uma imprudência pastoral, da minha parte, e causaria danos. Pensei muito em cada palavra antes de pronunciar e expressei o que sinto. Eu sofro com tudo isso", ressaltou o Papa, evitando tomar partido de reconhecer ou não o governo de Maduro ou do autoproclamado presidente Juan Guaidó. Guaidó, um deputado opositor líder a Assembleia Nacional, declarou-se presidente em meados de janeiro, acentuando a crise política na Venezuela.

Com o apoio popular e de vários outros países, como Estados Unidos, Brasil, Canadá, Argentina e União Europeia, Guaidó alega não reconhecer a eleição que elegeu Maduro para seu segundo mandato. Já Maduro, que conta com o apoio da China e da Rússia, além das Forças Armadas, recusa-se a convocar novas eleições. (ANSA)

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