© Pedro França/Agência Senado
Filho do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) deve ter um lugar na Mesa Diretora do Senado, cúpula da Casa.
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No centro de polêmica envolvendo transações financeiras atípicas e suspeitas sobre servidores do gabinete que comandava no Rio de Janeiro quando era deputado estadual, ele será o indicado do PSL para ocupar a Terceira Secretaria, segundo o líder da legenda, senador Major Olímpio (SP).
De acordo com o regimento do Senado, ao terceiro secretário cabe fazer a chamada dos senadores, contar os votos, em verificação de votação e auxiliar o presidente na apuração das eleições, anotando os nomes dos votados e organizando as listas respectivas.
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Líderes partidários reuniram-se nesta terça-feira (5) com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para distribuir os cargos da Mesa.
Apesar de haver uma eleição às 15h desta quarta-feira (6), os partidos fizeram acordo para evitar a repetição do caos que tomou o plenário na sexta (1º) e no sábado (2), quando houve a eleição para presidente da Casa.
O regimento diz que, sempre que possível, a distribuição dos cargos da Mesa deve respeitar a proporcionalidade. Ou seja, o maior partido fica com o primeiro cargo.
O MDB, maior bancada da Casa, já perdeu a presidência do Senado e agora ficará apenas com a Segunda Secretaria, cuja atribuição é lavrar as atas das sessões secretas, fazer a leitura delas e assiná-las.
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A primeira vice-presidência será do PSDB. O nome ainda não está fechado, mas deve ser o do senador Izalci Lucas (DF). A segunda vice vai para o Podemos.
A Primeira Secretaria ficará com o PSD. A Quarta Secretaria pode ficar com o PP ou com o PT. Quem perder fica com a primeira suplência. Os demais suplentes serão de PDT, PSB e PPS.
Apesar de uma nova reunião ter sido marcada para a próxima semana para definir o comando das comissões, a mais importante delas, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), por onde passam todas as matérias para que se verifique a constitucionalidade delas, já está em debate.
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O MDB reivindica a presidência da CCJ por ter a maior bancada. Mas o grupo contrário ao senador Renan Calheiros (MDB-AL), aceitaria apenas se o nome indicado fosse Simone Tebet (MDB-MS), que enfrentou o senador alagoano.
Caso contrário, a comissão ficará com o PSDB e o nome mais forte, ao menos por enquanto, é o do mineiro Antonio Anastasia. Com informações da Folhapress.
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