Carteira verde e amarela virá depois da Previdência, indica Guedes

Reforma apenas indicará o caminho para a abertura desse novo modelo, que, segundo ele, exigirá posterior regulamentação na legislação

© Reuters / Adriano Machado

Economia Reforma 07/02/19 POR Folhapress

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (7) que o governo não vai atrapalhar a tramitação da reforma da Previdência com a chamada carteira verde e amarela, proposta para flexibilizar os direitos trabalhistas.

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O ministro sinalizou que a nova carteira será discutida apenas após a mudança na Previdência.

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A reforma da Previdência apenas indicará o caminho para a abertura desse novo modelo, que, segundo ele, exigirá posterior regulamentação na legislação.

"Nós não vamos misturar isso e atrapalhar o trâmite [de Previdência], não. Ao contrário. A gente fala: estamos reformando isso daqui e lançando esta proposta para ser regulamentada", disse.

O ministro explicou que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Previdência trará um ajuste do atual sistema e também indicará para uma futura implementação de um regime de capitalização, espécie de poupança na qual o trabalhador financia a própria aposentadoria. Esse modelo será vinculado à carteira verde e amarela.

"Nós queremos criar um regime de capitalização que contemple escolhas dos jovens a respeito da legislação trabalhista, porque hoje eles são prisioneiros de uma legislação de trabalho fascista de cooptação de sindicatos", afirmou.

Guedes voltou a entoar o discurso de que o novo modelo dará uma escolha aos jovens. Eles poderão optar pelo atual sistema, com todos os direitos trabalhistas vigentes, ou pela carteira verde e amarela, que possibilitaria uma escolha dos direitos e geraria maior empregabilidade.

O ministro confirmou ainda que foi descartada a possibilidade de se aproveitar a proposta de reforma apresentada pelo ex-presidente Michel Temer, que já tem tramitação avançada na Câmara. Isso faria o governo economizar tempo.

"Se fosse uma reforma um pouco parecida com a do governo Temer, ela poderia se transformar em uma emenda aglutinativa", disse, ao explicar que isso não será feito porque a nova proposta trará mudanças mais significativas. Com informações da Folhapress.

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