Jornalistas franceses usavam grupo para assediar mulheres

Escândalo é encarado como o #MeToo do mundo da Comunicação

© Pixabay

Mundo denúncia 13/02/19 POR ANSA

Diversos jornalistas e profissionais de comunicação franceses estão sendo acusados de participar de um grupo secreto online usado para assediar mulheres jornalistas, feministas e a comunidade LGBT. A revelação do escândalo veio à tona na última segunda-feira (11) em publicação do jornal francês Libération, mas já havia sido divulgada no dia 5 de fevereiro em um tweet do jornalista Thomas Messias.

PUB

"Que bonito, um jornalista exemplar que gosta de dar lições e que andou se divertindo em grupo de assédio a feministas. Que bonito!", escreveu em sua conta na rede social. A "Ligue du LOL" (sigla de "laugh out loud" em inglês, que pode ser traduzido como "rir alto") teria nascido há 10 anos na França como um grupo fechado, no qual influentes usuários do Twitter faziam "brincadeiras". No entanto, os profissionais que fazem parte da "comunidade" são acusados de elaborar campanhas de ciberassédio contra mulheres e coordenar as ações num grupo privado no Facebook.

+ Ministra do Canadá alvo de escândalo na Justiça deixa cargo

O grupo é composto em sua maioria por homens de 30 a 40 anos e, segundo as vítimas, era usado para ridicularizar jornalistas, lésbicas e feministas, consideradas o principal alvo. Entre as ações, haviam insultos, mensagens pejorativas, montagens e gifs com rostos de mulheres vinculados à imagens pornográficas. Uma das vítimas é a cinegrafista Florence Porcel.   

Segundo ela, os ataques lhe causaram um "trauma", principalmente porque se sentia "constantemente vigiada". Porcel ainda contou que precisou fazer mudanças na sua vida por causa do "bullying".    "Cheguei a um ponto em que me odiava. Tive ideias obscuras. Lendo tantas coisas horríveis sobre mim nas redes sociais, pensava que não valia nada", ressaltou a ex-jornalista Capucine Piot, que saiu do Twitter após também sofrer assédio.   

+ Em carta a Maduro, Papa critica obstáculos a mediação

O fundador do grupo é o jornalista Vincent Glad. Ele foi suspenso provisoriamente de suas funções no jornal Libération, assim como o responsável pelo site do jornal, Alexandre Hervaud, e seu homólogo na revista cultural Les Inrocks, David Doucet.   

O escândalo, considerado uma espécie de #MeToo do mundo da comunicação, provocou até reação do governo francês. O secretário de Estado de Economia Digital, Mounir Mahjoubi, fez dura crítica a todas as "pessoas que acreditam que são reis da internet". Além disso, o político incentivou todas as mulheres a registrarem as denúncias. (ANSA)

Leia também: Traficante El Chapo é condenado e pode pegar prisão perpétua

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Emergência Médica Há 7 Horas

Atriz Lisandra Silva é hospitalizada após uso de Ozempic

mundo Eleições Há 7 Horas

EUA: Centro de referência em projeções vê vitória de Kamala

fama Luto Há 8 Horas

Fãs e familiares se despedem de Agnaldo Rayol em velório na Alesp

fama Política Há 12 Horas

Jojo Todynho se revolta com boicote por ser de direita: 'Sou o que quiser'

mundo Estados Unidos Há 14 Horas

Kamala e Trump travam o que pode ser o embate mais acirrado da história dos EUA

politica Justiça Há 13 Horas

Moraes manda Fátima de Tubarão cumprir pena por atos de 8 de janeiro

fama Estados Unidos Há 14 Horas

Rihanna encoraja americanos a irem às urnas: 'Votem, porque eu não posso'

fama Luto Há 23 Horas

Agnaldo Rayol construiu legado entre a música, a televisão e o cinema

esporte Futebol Há 12 Horas

Flamengo: Bruno Henrique é investigado por suposto esquema de apostas

tech Rede social Há 14 Horas

O X lança uma das suas alterações mais controversas