© REUTERS (Foto de arquivo)
O primeiro-ministro da Austrália, o conservador Scott Morrison, anunciou nesta quarta-feira (13) a reabertura de um controverso centro de detenção de migrantes na Ilha Christmas, situada a 2,5 mil quilômetros da costa do país.
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A decisão foi tomada após o governo ter sofrido uma dura derrota no Parlamento, que aprovou um projeto de lei que facilita o acesso de solicitantes de refúgio a tratamentos médicos. Segundo o premier, a iniciativa "enfraquecerá" as rígidas políticas antimigrantes da Austrália.
Desde 2013, o país envia solicitantes de refúgio que chegam em embarcações clandestinas para a ilha de Manus, na Papua Nova Guiné, e para o Estado insular de Nauru. Anteriormente, eles eram mantidos em Christmas.
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A Austrália é signatária da Convenção das Nações Unidas sobre Refugiados, que proíbe a manutenção de solicitantes de refúgio em centros de detenção. Christmas também costumava ser destino de traficantes de seres humanos que levavam migrantes forçados da Ásia, da África e do Oriente Médio a partir da Indonésia.
"Meu trabalho é fazer tudo o que estiver em meu poder para garantir que o que o Parlamento fez para enfraquecer nossas fronteiras não resulte em barcos vindo para a Austrália", disse Morrison. Essa foi apenas a quinta vez na história que o Legislativo australiano aprovou uma lei à revelia do governo. (ANSA)
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