© Roque de Sá/Agência Senado
A corregedoria do Senado pediu a ajuda do ministro da Justiça, Sérgio Moro, para descobrir se houve fraude na votação da presidência da Casa, no dia 2 deste mês. Na ocasião, foram encontradas 82 cédulas na urna de votação, uma a mais do que o número de senadores na Casa. Seis parlamentares são considerados suspeitos.
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O corregedor, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), disse ao Broadcast/Estadão que ligou para o ministro para solicitar o auxílio da Polícia Federal na avaliação de imagens capturadas. Além de vídeos, estão sob análise mais de 11 mil fotografias.
Rocha afirmou que é necessário equipamento de alta tecnologia para concluir a investigação. Além da PF, o senador cogita também solicitar auxílio da Universidade Federal de Brasília (UnB). Para o corregedor, "é pouco provável" que o voto duplo tenha sido um equívoco.
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"Alguém, por equívoco ou má-fé não posso dizer ainda, embora seja muito pouco provável que tenha sido um equívoco, deixou de botar a cédula dentro do envelope para colocar duas cédulas dentro da urna, sem envelope", disse Rocha. "Alguém substituiu um envelope por uma segunda cédula. Em que momento foi isso? É o que estamos olhando nas imagens."
Pelo conteúdo analisado até agora, o corregedor disse que também é possível que a cédula a mais tenha sido colocada na urna durante os últimos votos, já no sábado pela manhã. "Na primeira mãozada já vieram os dois votos", afirmou Rocha.
Ainda de acordo com o corregedor, dos 81 senadores, não é possível ver com clareza o momento da votação de seis deles. Esses parlamentares não tiveram seus nomes revelados. "Tem uma meia dúzia de casos que não dá pra ver com os recursos que temos. Estou tentando ver se conseguimos um recurso mais específico, da PF, da UnB ou dos dois." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.