© Adriano Machado/Reuters
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), falou nesta quinta-feira (14) sobre a crise que se abriu no governo, após reportagens da Folha de S. Paulo levantarem suspeitas sobre criação de candidatos laranjas, por parte do PSL, como forma de conseguir recursos públicos para campanhas eleitorais.
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O ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, então presidente do partido de Jair Bolsonaro, é apontado como responsável por ter autorizado a liberação das verbas do fundo partidário para tais candidaturas. Por isso, tem sido alvo dos filhos do presidente.
Um deles, Carlos Bolsonaro, chegou a dizer, em uma rede social, nesta quarta-feira (14), que Bebianno mentiu ao afirmar que estava em contato com Bolsonaro. Para isso, usou como prova um áudio que teria sido enviado pelo próprio presidente ao ministro. Bolsonaro, por sua vez, endossou a posição de Carlos e compartilhou a publicação.
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"A impressão que dá é que o presidente está usando o filho para pedir para o Bebianno sair. E ele é presidente da República, não é? Não é mais um deputado, ele não é presidente da associação dos militares", declarou Maia ao blog da Andreia Sadi, no portal G1.
"Então, se ele está com algum problema, ele tem que comandar a solução, e não pode, do meu ponto de vista, misturar família com isso porque acaba gerando insegurança, uma sinalização política de insegurança para todos", afirmou o presidente da Câmara.
Maia ainda falou sobre os riscos causados pelo episódio. "Olha, eu não gosto de ficar me movendo nas relações familiares, mas eu acho que o episódio do Bebianno não tem relação com o Bebianno. O Bebianno transferiu dinheiro para o diretório [do PSL], não é? Ou para uma candidata de um estado. Qualquer presidente de partido poderia passar por isso. Você transformar isso numa crise dentro do Palácio do Planalto, eu acho que é risco muito grande pra um governo que precisa analisar a liderança, unidade, porque vai ter desafios importantes começando pela Previdência", declarou.