© Kevin Lamarque/Reuters
O presidente dos EUA, Donald Trump, vai assinar o acordo que deve ser aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado para manter o governo financiado e, assim, evitar uma nova paralisação parcial, mas pretende declarar emergência nacional para obter recursos para o muro que quer construir na fronteira com o México.
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A informação foi dada na tarde desta quinta-feira (14) pelo líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, enquanto os legisladores se preparavam para votar a lei que evitaria um novo apagão do governo federal.
"O presidente vai assinar a lei. Nós vamos votar rapidamente", afirmou McConnell.
O senador, que durante semanas se opôs à declaração de emergência pelo presidente, disse ainda que afirmou a Trump que apoiaria a medida, o que permitiria que o republicano contornasse o Congresso e usasse forças militares para construir o muro.
"O presidente Trump vai assinar a lei de financiamento do governo, como ele disse antes, ele também vai adotar uma ação executiva -incluindo a emergência nacional - para assegurar que nós detenhamos a crise humanitária e de segurança na fronteira", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, nesta quinta.
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A primeira votação será no Senado. Depois, a lei será submetida aos deputados da Câmara, ainda na noite desta quinta. A legislação prevê o financiamento de nove departamentos e agências até 30 de setembro.
Na última paralisação, que durou 35 dias e foi a mais longa da história americana, 800 mil funcionários foram colocados de licença ou trabalharam sem receber seus pagamentos até que Trump recuou e aceitou um acordo para reabrir o governo sem dinheiro para o muro.
O princípio de acordo bipartidário já havia sido anunciado na noite de segunda (11) por legisladores democratas e republicanos. A medida prevê US$ 1,375 bilhão para construção de cerca de 90 quilômetros de novas cercas ao longo da fronteira com o Texas.
O valor é inferior aos US$ 5,7 bilhões que Trump exige para a obra, mas o presidente pretende obter o restante com a declaração de emergência.
O líder da minoria democrata no Senado, Charles Schumer, afirmou que a medida seria um movimento na direção errada. O ato deve ser questionado legalmente, e a Câmara poderia aprovar uma resolução para desaprovar a medida, que McConnell seria obrigado a votar no Senado, algo que o republicano pretende evitar.
O apagão encerrado em janeiro custou US$ 11 bilhões à economia americana, segundo estimativas da comissão orçamentária do Congresso. A análise reflete perdas provocadas por falta de trabalho dos funcionários federais, queda nos gastos do governo e redução da demanda durante o tempo em que o governo ficou parcialmente parado. Com informações da Folhapress.