© LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.
A confusão que marcou a final da Taça Guanabara no domingo (17), disputada entre Fluminense e Vasco, ainda vai render dor de cabeça nos tribunais, especialmente aos tricolores.
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À reportagem, André Valentim, procurador-geral do TJD-RJ (Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro), informou que já formalizou denúncia que, se confirmada a condenação, pode resultar na exclusão do Flu do Carioca. O Vasco não foi denunciado.
Valentim enquadrou o Flu no artigo 231 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva). Ele pediu a suspensão preventiva dos citados, mas o pedido foi negado por Marcelo Jucá, presidente do TJD-RJ. O julgamento, no entanto, acontecerá normalmente.
A confusão na decisão teve origem na ocupação do setor sul do Maracanã, palco da partida.
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Por contrato, o clube tricolor entende ter a prerrogativa de ocupar este espaço. Mandante do clássico, o Vasco alega que a concessionária Maracanã S.A autorizou a comercialização desta faixa do estádio para os cruz-maltinos.
Às vésperas do clássico, o Flu acionou a Justiça comum, sem esgotar as esferas desportivas, para assegurar a presença de seus torcedores no setor em disputa.
"Eles foram para a Justiça Comum antes de irem até a Justiça Desportiva. É a primeira vez que aplico esse artigo. Quem fala o que quer, escuta o que não quer", disse Valentim, que já encaminhou o material à presidência do TJD.
O presidente do Flu, Pedro Abad, chegou a convocar a torcida para "guerra". No dia da partida, houve confusão nos arredores do estádio. A Justiça determinou portões fechados, mas aos 30min do primeiro tempo torcedores tiveram entrada liberada no Maracanã.
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Abad acabou enquadrado no artigo 243-D, que trata sobre "incitar publicamente o ódio ou a violência". Se condenado, o dirigente pode pegar um gancho de um a dois anos. "O Pedro Abad chamou a torcida para guerra, isso foi sanguinário. A denúncia será em cima de quem deu asa a essa confusão", afirmou o procurador.
Valentim isentou Alexandre Campello, presidente do Vasco, de qualquer responsabilidade, ainda que o clube tenha incentivado a ida de seus torcedores em meio à incerteza sobre se os portões seriam abertos: "O Campello teve uma postura perfeita, protegeu os torcedores dele". Com informações da Folhapress.
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