© REUTERS / Agustin Marcarian (Foto de arquivo) 
O governo da Venezuela fechou nesta terça-feira (19) suas fronteiras marítimas e aéreas com Aruba Bonaire e Curaçao, ilhas do Caribe que fazem parte do Reino dos Países Baixos.
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A medida chega poucos dias depois de a Holanda ter se oferecido para abrigar o terceiro ponto de coleta de ajudas humanitárias para o povo venezuelano, após as estruturas montadas em Cúcuta, na Colômbia, e Roraima, no Brasil.
O autoproclamado presidente Juan Guaidó disse que a ajuda internacional começará a entrar na Venezuela em 23 de fevereiro, apesar das recusas do mandatário em exercício Nicolás Maduro. Segundo o general Miguel Morales Miranda, o fechamento das fronteiras com as ilhas caribenhas é uma medida de "tempo indeterminado" e tem como objetivo "proteger a soberania nacional contra potenciais incursões não autorizadas".
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Forças militares já se colocaram ao longo de toda a costa do estado de Falcón para evitar conexões com Aruba, Bonaire e Curaçao. Maduro afirma que as ajudas são uma forma de preparar uma intervenção militar e que seu país não precisa de auxílio internacional.
Ainda assim, ele anunciou que a Venezuela receberá nesta quarta-feira (20) 300 toneladas de assistência humanitária enviadas pela Rússia. Moscou é a principal aliada do regime chavista no cenário internacional.
Guaidó, por sua vez, instou o povo a cobrar os comandantes militares de fronteira para que permitam a entrada de ajuda humanitária em 23 de fevereiro. "Pediremos que eles se coloquem ao lado da Constituição, que deixem entrar as ajudas e que nos acompanhem no caminho para a liberdade", disse. (ANSA)
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