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A Fórmula Indy terá nesta temporada um novo dispositivo de segurança. A chamada proteção frontal avançada consiste em uma peça de titânio a ser instalada no cockpit para evitar que a cabeça do piloto seja atingida por detritos da pista. A estrutura de cerca de sete centímetros de altura terá a primeira aparição em 24 de abril, data de início dos testes em Indianápolis.
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A proteção, que é uma espécie de para-brisa, começou a ser avaliada em 2012, mas os testes se intensificaram a partir do ano passado. A aposta da Indy é encontrar uma alternativa ao halo, que é usado na Fórmula 1, mas que não pode ser aplicado na categoria americana por limitações da estrutura do chassi.
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Para desenvolver a proteção avançada, os projetistas se inspiraram nos aviões caça. Essas aeronaves têm uma estrutura semelhante e resistente tanto a grandes impactos quanto à pressão do ar em grandes velocidades. "A busca pela segurança é algo que nunca termina, e esse é o mais recente passo dado pela Indy na evolução. Há mais detalhes sobre as fases a seguir", afirmou o presidente da categoria, Jay Frye.
No ano passado, em um dos testes da nova peça, o neozelandês Scott Dixon elogiou a proteção, porém criticou na ocasião o efeito da proteção para a pilotagem. "O mais estranho é o quanto calmo fica no carro. Você não sente trancos, o carro parece muito suave. Parece que você está em um carro de luxo. Mas precisamos de algo que refresque, porque você não tem fluxo de ar pelo carro", explicou.
A última morte de um piloto na Indy foi causada justamente pela presença de detritos na pista. O inglês Justin Wilson foi atingido na cabeça por destroços de outros carros e morreu em agosto de 2015 durante a etapa de Pocono. Desde então, a categoria intensificou a discussão sobre como proteger o cockpit para evitar novas tragédias. Com informações do Estadão Conteúdo.