© Andres Martinez Casares/Reuters
CARACAS, VENEZUELA (FOLHAPRESS) - O presidente Nicolás Maduro anunciou nesta quarta-feira (20), em uma rede social, que o feriado de Carnaval na Venezuela terá mais dois dias.
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"Pensando nos meninos, nas meninas, na família e na cultura nacional, este ano vamos adiantar o Carnaval. Declaro feriado nacional a quinta-feira, 28 de fevereiro, e a sexta-feira, 1º de março. Cumpra-se!", informa a publicação.
Durante um programa de televisão transmitido em rede nacional, Maduro também anunciou a mudança, que teria como motivo "aumentar a alegria da festa de Carnaval". O ditador também afirmou que "o abono do carnê da pátria" será pago em 27 de fevereiro.
O "carnê da pátria" é uma espécie de cartão de fidelidade ao governo por meio do qual se distribuem benefícios sociais. Com a mudança, o feriado de Carnaval na Venezuela terá seis dias.
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A Venezuela vive a pior crise política e econômica de sua história, com grave escassez de remédios e hiperinflação. Segundo a ONU, desde 2015, cerca de 2,3 milhões de venezuelanos fugiram do país.
Reconhecido como presidente interino por 50 países, o líder oposicionista Juan Guaidó prepara manifestações em todo o país no sábado (23). Voluntários prometem ir em comboios até a fronteira, em busca de toneladas de medicamentos vindos da Colômbia, Brasil e Curaçao.
O presidente colombiano Iván Duque promete participar de um show em Cúcuta, na fronteira com a Venezuela, na sexta-feira (22). A intenção é arrecadar US$ 100 milhões em 60 dias. A quantia seria somada aos US$ 110 milhões que já foram arrecadados, de acordo com Guaidó, para a causa humanitária.
Cerca de 250 mil pessoas são esperadas no festival. O evento terá a participação de pelo menos 35 artistas, incluindo Alejandro Sanz, Maluma, Luis Fonsi e Carlos Vives.
Na segunda-feira (18), o governo de Maduro também anunciou um festival, mas de dois dias, em 22 e 23 de fevereiro, na fronteira da Venezuela com a Colômbia, em paralelo ao espetáculo organizado a favor da entrada de ajuda humanitária no país.
"Essa ajuda humanitária é um show, é uma armadilha", disse Maduro. O ditador chamou o carregamento enviado pelos Estados Unidos de "comida estragada e contaminada, para tentar intervir na Venezuela, cruzar a fronteira e ocupar o país. "
"Parem com essa loucura na Colômbia. Senhor Iván Duque, você pode parar a loucura, pare a loucura de você e Donald Trump a tempo. A Venezuela é um país de paz", disse ele.
Em uma operação coordenada com os EUA, o governo Jair Bolsonaro vai permitir o uso de território brasileiro para que opositores do ditador Nicolás Maduro tentem levar ajuda humanitária à Venezuela em 23 de fevereiro.
Segundo o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, Bolsonaro determinou que o Brasil dê apoio logístico para que caminhões conduzidos por venezuelanos da oposição busquem mantimentos em Pacaraima e Boa Vista, em Roraima.