Em Barcelona, 13 mil protestaram contra julgamento de separatistas

Três pessoas foram presas e outras 22 precisaram de atendimento médico

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Mundo Catalunha 21/02/19 POR Lusa

Os movimentos separatistas protestam, hoje (21), na Catalunha, contra o julgamento de 12 dos seus dirigentes em Madrid, tendo reunido cerca de 13 mil pessoas no centro de Barcelona, segundo a polícia local.

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Eles manifestam apoio à "greve geral" convocada para protestar contra o julgamento, em Madrid, de 12 dirigentes envolvidos na tentativa de independência de 2017.

Os manifestantes empunhavam bandeiras e fotos dos presos com inscrições dizendo "inocentes", assim como cartazes com frases como "Este julgamento é uma farsa" ou palavras de ordem a exemplo de "liberdade para os presos políticos" ou "01 de outubro, nem esquecimento nem perdão".

Segundo informou a Secretaria Regional da Administração Interna do governo catalão, foram detidas três pessoas e outras 22 precisaram de atendimento pelos serviços de socorro médico hoje de manhã, durante os bloqueios no trânsito, ocorridos em várias vias.

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Protestos também tiveram lugar em outras localidades da Catalunha e está prevista uma manifestação em Barcelona, no início da noite.

O dia começou com vários grupos de radicais dos Comitês de Defesa da República (CDR) a cortar várias estradas na Catalunha.

Os CDR também impediram a circulação de comboios em duas linhas, segundo a empresa responsável pelos caminhos de ferro Renfe.

O julgamento dos 12 dirigentes separatistas catalães iniciou-se na terça-feira da semana passada, no Tribunal Supremo e Madrid, e deverá demorar três meses, com a sentença a ser conhecida antes das férias de verão.

O Ministério Público pediu penas que vão até 25 anos de prisão contra os acusados, por alegados delitos de rebelião, sedição, desvio de fundos e desobediência.

O principal acusado no julgamento dos separatistas catalães, o ex-vice-presidente do governo regional Oriol Junqueras, disse na semana passada em tribunal que se considera um "prisioneiro político" que está a ser julgado pelas suas ideias.

No banco dos réus estão também vários ex-membros do antigo executivo regional, a antiga presidente do Parlamento catalão e os dirigentes de duas poderosas associações cívicas

A figura principal da tentativa de independência, o ex-presidente do Governo regional catalão Carles Puigdemont, que fugiu para a Bélgica, é o grande ausente neste processo, visto que Espanha não julga pessoas à revelia em delitos com este grau de gravidade.

Após realizar a 1º de outubro de 2017 um referendo sobre a independência proibido pela justiça, os separatistas catalães proclamaram a 27 de outubro do mesmo ano uma República catalã independente, decisão que levou o executivo central de Mariano Rajoy a destituir Carles Puigdemont e a dissolver o parlamento regional.

 

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