Brexit: saída sem acordo pode aumentar preço dos alimentos em 40%

Se o Reino Unido sair da União Europeia em 29 de março sem acordo, o país pode sofrer atrasos nas alfândegas e escassez de alimentos frescos

© REUTERS / Hannah Mckay (Foto de arquivo) 

Mundo Associação 21/02/19 POR Lusa

A imposição de taxas comerciais, que ocorreriam após uma saída sem acordo da UE, pode aumentar o preço de alimentos no Reino Unido em mais de 40%, alertou nesta quinta-feira (21) a Associação Britânica de Retalhistas (BRC, na sigla em inglês).

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Segundo esta organização, se o Reino Unido sair da União Europeia em 29 de março sem acordo ('hard Brexit'), o país poderá sofrer atrasos nas alfândegas e escassez de alimentos frescos, como carne, peixe, frutas e vegetais.

O BRC explicou que 90% da alface, 80% dos tomates e 70% da fruta que é comercializada no Reino Unido é produzida no bloco da UE ou chega às ilhas britânicas através de alguns dos 27 países membros restantes.

Além das novas taxas, o preço dos alimentos aumentaria a desvalorização previsível da libra esterlina face ao euro e o custo associado aos novos controles alfandegários.

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A organização estima que um 'hard Brexit' pode representar tarifas de 42% sobre a importação de queijo cheddar, 40% da carne de vitela, 21% nos tomates e 15,5% nas maçãs.

"As nossas cadeias de abastecimento estão profundamente integradas, com ingredientes alimentares provenientes tanto da República da Irlanda como do resto da União Europeia", indicou William Bain, conselheiro da política internacional à agência de notícias PA.

"Os nossos membros continuam trabalhando arduamente para planejar qualquer eventualidade, mas a atual incerteza está prejudicando a nossa indústria e tem um impacto nos nossos consumidores", acrescentou.

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O Reino Unido estabeleceu a data de 29 de março para o 'Brexit' dois anos após a ativação do artigo 50º do Tratado de Lisboa, que estabelece um período de 24 meses de negociações para a saída de um Estado-membro.

Londres ativou esse artigo depois dos britânicos votarem a favor do 'Brexit' no referendo europeu realizado em 23 de junho de 2016. Com informações da Lusa. 

Leia também: Trump nega volta de americana do Alabama que se uniu ao Estado Islâmico

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