© Marcelo Camargo/Agência Brasil
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal deflagrou nesta sexta (22) a Operação Compensação, que mira suposto pagamento de propinas pela JBS ao senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, e ao próprio partido.
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Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão nas casas de duas pessoas e em duas empresas ligadas ao congressista.
A ação foi autorizada pela ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber em inquérito que apura se o grupo dos irmãos Joesley e Wesley Batista repassou R$ 42 milhões para que o PP apoiasse o PT nas eleições presidenciais de 2014 e também para que não desembarcasse do governo em 2016, durante o processo de impeachment.
Os pagamentos teriam sido feitos por meio de doações oficiais e por meio de um supermercado no Piauí. Há também relatos de entrega em espécie ao congressista.
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Outro investigado é o ex-ministro petista Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), atual prefeito de Araraquara (SP), que teria aprovado os pagamentos.
O caso foi relatado pelos delatores da JBS em depoimentos à PGR (Procuradoria-Geral da República).
Ao todos, estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Teresina (PI), Brasília (DF) e São Paulo/SP, além de intimações para fins de depoimentos dos envolvidos.
A Folha não localizou representantes de Ciro Nogueira e Edinho Silva nesta sexta. Eles vêm negando as ilicitudes e sustentam que os delatores não apresentaram provas do que dizem.