© REUTERS / Vatican Media
Membros do clero serão obrigados a denunciar casos de pedofilia às autoridades competentes, em uma forma de tentar acabar com os inúmeros episódios de acobertamento na Igreja.
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A medida foi discutida e decidida durante a cúpula convocada pelo papa Francisco para debater o combate aos abusos sexuais, que começou nesta quinta-feira (21) e termina no próximo domingo (24).
"Chegaremos à obrigação de denúncia, queremos a Igreja como Jesus quer. Se há um mal na Igreja, a pessoa tem a obrigação de informar as autoridades competentes, não queremos mais esconder as coisas", declarou nesta sexta (22) o arcebispo de Luxemburgo, Jean-Claude Hollerich, presidente da Comissão de Bispos das Conferências Episcopais da União Europeia (Comece).
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Questionado se bispos também poderão ser depostos caso escondam casos de pedofilia, Hollerich respondeu: "Sim, se culpados, é preciso fazê-lo". Durante os trabalhos da cúpula nesta sexta, o Papa publicou no Twitter que os membros do clero precisam "se livrar da tentação" de querer salvar a si mesmos e sua "reputação".
"Ajuda-nos a assumir a culpa e a buscar juntos respostas humildes e concretas em comunhão com todo o povo de Deus", acrescentou. O objetivo da reunião é definir protocolos claros para combater casos de pedofilia na Igreja, após inúmeros escândalos terem abalado sua imagem em diversos países do mundo, como Austrália, Chile, Estados Unidos e Irlanda.
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"Não podemos permitir ninguém no ministério que possa fazer mal a menores", disse o arcebispo de Malta, Charles Scicluna, também secretário-adjunto da Congregação para a Doutrina da Fé. No segundo dia de cúpula, o Vaticano distribuiu entre os bispos a documentação oficial das Nações Unidas (ONU) sobre a luta contra a violência aos menores.
Antes do encontro, a ONU chegou a dizer que acompanharia a assembleia episcopal com "grandes expectativas". (ANSA)