© Ueslei Marcelino / Reuters
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro condenou "veementemente" , em nota divulgada na madrugada deste domingo (24), os "atos de violência perpetrados pelo regime ilegítimo do ditador Nicolás Maduro", ontem (23), nas fronteiras da Venezuela com o Brasil e a Colômbia.
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Ao longo deste sábado, a oposição tentou entrar com ajuda humanitária na Venezuela, mas houve conflitos que deixaram mortos e feridos. Cargas com comida, medicamentos e materiais de higiene ainda foram incendiadas.
Maduro encara a ação como uma interferência externa na política do país, orquestrada pelos Estados Unidos, que segundo ele têm interesse no petróleo produzido na região, e por isso mandou fechar as fronteiras com os países vizinhos.
"O uso da força contra o povo venezuelano, que anseia por receber a ajuda humanitária internacional, caracteriza, de forma definitiva, o caráter criminoso do regime Maduro. Trata-se de um brutal atentado aos direitos humanos, que nenhum princípio do direito internacional remotamente justifica e diante do qual nenhuma nação pode calar-se", afirma parte do texto do Itamaraty.
À frente da caravana que tentava entrar na Venezuela estava o autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, já reconhecido por dezenas de países, incluindo o Brasil e o próprio Estados Unidos.
"O Brasil apela à comunidade internacional, sobretudo aos países que ainda não reconheceram o presidente encarregado Juan Guaidó, a somarem-se ao esforço de libertação da Venezuela, reconhecendo o governo legítimo de Guaidó e exigindo que cesse a violência das forças do regime contra sua própria população", finaliza a nota.
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