Não adianta aprovar uma reforma que não economize nada, diz Skaf

De acordo com Skaf, a reforma da Previdência é muito importante para o País porque sem ela a conta não fecha

© Marcos Corrêa/PR

Economia Opinião 26/02/19 POR Estadao Conteudo

A preocupação com a reforma da Previdência foi, nas palavras do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, o tema principal que a cúpula da entidade tratou com a bancada de deputados estaduais paulistas e federais do Partido Progressista (PP) em almoço nesta quarta-feira, 25, na sede da entidade.

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De acordo com Skaf, a reforma da Previdência é muito importante para o País porque sem ela a conta não fecha.

"A reforma tomou uma importância maior do que ela já tinha porque, como se falou muito sobre ela, investidores nacionais e estrangeiros criaram uma expectativa muito grande à espera da sua aprovação", disse o presidente da Fiesp, que nesta terça-feira publicou anúncio sobre o tema nos principais jornais do País.

Veja também: Governo pode rever decreto que reduziu subsídios na conta de luz

Skaf ressaltou que, quando fala em reforma da Previdência, refere-se a uma reforma que dê o resultado fiscal esperado. Não adianta nada, segundo ele, aprovar uma reforma que não economize nada.

"É fundamental que se aprove algo parecido com esse projeto que o governo encaminhou ao Congresso. Está lá previsto uma economia de R$ 1,1 trilhão, que daria cento e poucos bilhões por ano. Isso é fundamental porque as previdências privada e pública dão um déficit anual de R$ 270 bilhões", apontou o executivo.

De acordo com Skaf, mesmo que se desconte a economia anual de R$ 100 bilhões anuais com gastos previdenciários, ainda resta um déficit de R$ 170 bilhões. "Mas a perspectiva futura fica muito melhor. Isso vai atrair investimentos e gerar empregos e fazer com que a economia se aqueça com mais velocidade", disse.

Ao se referir aos militares, Skaf afirmou que todo mundo tem que contribuir com a reforma previdenciária. Mas ponderou que uma coisa é falar que tem de ser diferenciado, que é o que os militares defendem, e outra bem diferente é não contribuir. "Falar em diferenciado não significa que não haverá contribuição. Então posso concordar que os militares possam ter uma situação diferenciada, mas que não justifique alguém ficar de fora. É uma conta que tem que envolver a todos", disse.

O presidente da Fiesp destacou que a reforma da Previdência precisa trazer justiça para a sociedade e lembrou que do déficit previdenciário anual de R$ 270 bilhões, R$ 70 bilhões vêm do setor público e R$ 200 bilhões do setor privado. "Mas os R$ 200 bilhões envolvem mais de 30 milhões de pessoas e os R$ 70 bilhões apenas um milhão de funcionários públicos. "Isso mostra que há algo muito grave no setor público. É preciso que esta reforma traga justiça em relação à sociedade", afirmou. Com informações do Estadão Conteúdo.

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