© PSL/Divulgação
O dono de uma empresa de serviços gráficos em Abreu e Lima (PE) contou a um político do estado, sem saber que estava sendo gravado, que participou de um esquema de desvio de verba na campanha a deputado federal de Luciano Bivar, presidente nacional do PSL, em 2018.
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Segundo Luiz Claudio Cordeiro Palhares Junior, proprietário da Collossu's Empreendimentos, a pedido de um ex-vereador próximo a Bivar, ele rodou R$ 8.000 em materiais gráficos, mas emitiu nota no valor "de R$ 38 mil para ele pegar os R$ 30 mil".
O jornal "Folha de S. Paulo" teve acesso à gravação e publicou informações do esquema nesta terça-feira (26).
Como cita a publicação, o serviço em questão aparece na prestação de contas de Bivar no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), no valor de R$ 41.602,68, sendo R$ 36.176,25 referentes ao serviço em si e R$ 5.426,43 a impostos.
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De acordo com a nota fiscal da Collossu's Empreendimentos, foram confeccionados 200 perfurados, 1.200 adesivos, 100 mil santinhos, 60 mil praguinhas, 700 bandeiras e 300 camisas para a campanha do então candidato a deputado federal Luciano Bivar nas eleições 2018.
Na gravação, o político pergunta o que a empresa seria capaz de rodar e Palhares responde: "Tu pode fazer o seguinte, como eu fiz lá com o cara: ele rodou cerca de R$ 8.000 em material e tirou R$ 38 [mil] de nota, entendeste?".
Procurado, pela reportagem, o deputado disse que as contas de sua campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral e que desconhece a situação descrita pela Folha.