© REUTERS (Foto de arquivo) 
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira (26) que os Estados Unidos "querem provocar uma crise para justificar uma escalada política e uma intervenção militar na Venezuela para levar a guerra à América do Sul". Em declaração dada durante entrevista à ABC News, o líder chavista afirmou que uma "tentativa de estabelecer um governo paralelo na Venezuela está em andamento".
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Maduro acusou o presidente Donald Trump de querer o petróleo venezuelano e ressaltou que o governo norte-americano está pronto para fazer uma "guerra" pelo combustível. Além disso, o ditador venezuelano afirmou que o líder da Assembleia Nacional e autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, responderá criminalmente na Justiça assim que retornar de sua viagem para o território colombiano por ter descumprido a restrição judicial que o impedia de fazer viagens internacionais.
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"Ele não pode simplesmente ir e vir. Ele terá que enfrentar a Justiça e a Justiça o proibiu de deixar o país", afirmou Maduro acrescentando que "ninguém pode estar acima da lei". Intervenção militar Hoje, o comandante do Exército brasileiro, Edson Leal Pujol, afirmou estar de acordo com a declaração conjunta do Grupo de Lima de não realizar uma intervenção militar na Venezuela. "Ninguém quer confusão lá, muito menos envolvendo dois países", disse Pujol ressaltando que "todos nós queremos a paz, é óbvio".
Na última segunda-feira (25), representantes de 14 países rejeitaram uma ação militar para derrubar o governo Maduro, apesar da pressão imposta pelos Estados Unidos. Brasileiros na Fronteira Pelo menos 70 turistas brasileiros foram retidos na cidade venezuelana Santa Elena de Uairén, próximo à fronteira. Todos esperam por uma autorização para voltar ao Brasil.
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O Itamaraty informou que está em contato com as autoridades venezuelanas para tentar retirar os brasileiros da região. Militares De acordo com o diretor de Migração da Colômbia, Christian Kruger, pelo menos 320 militares e membros das Forças Armadas da Venezuela desertaram e pediram asilo em seu país nos últimos três dias. Sete fugiram para o Brasil. (ANSA)