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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A esperada proposta de reforma da Previdência veio a público, mas enquanto o carnaval não passa e o texto não começa a efetivamente tramitar no Congresso, o mercado financeiro anda de lado. Em uma semana, a Bolsa caiu 0,06% e o dólar fechou praticamente estável por dois pregões consecutivos.
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Andar de lado é o jargão de analistas do mercado financeiro para dizer que num dia a Bolsa sobe, no outro cai, e o intervalo de preços pouco muda. O dólar é exemplo ainda mais concreto: subiu 0,05% na segunda e 0,02% nesta terça (26).
Também nesta terça, o Ibovespa, principal índice acionário do mercado, subiu 0,37%, a 97.602 pontos. Na véspera, o índice havia caído 0,66%.
Outro sinal de que o mercado está se movendo pouco é o volume negociado. Nesta terça, o giro financeiro foi de R$ 11,4 bilhões, abaixo da média diária do ano, ao redor dos R$ 17 bilhões.
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É indicação de que investidores decidiram reduzir os negócios enquanto as notícias sobre a reforma não são consistentes para o lado positivo ou negativo.
Desde segunda, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem dito que o governo Bolsonaro precisa entrar na batalha da comunicação pela reforma, ao mesmo tempo em que declara não haver pressa para aprová-la. Nesta terça, em evento do BTG Pactual, Maia afirmou que o problema é que Bolsonaro está refém do discurso anti-política usado durante a campanha.
"A questão é construir uma aliança. A gente não pode menosprezar a política, criminalizar a política em todos os momentos", afirmou.
No exterior, o dia foi praticamente estável para as Bolsas americanas. Por lá, investidores aguardam o desenrolar das negociações entre Estados Unidos e China, que poderão encerrar a guerra comercial travada entre os dois países.
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No final de semana, o presidente americano, Donald Trump, afirmou que decidiu adiar o prazo final para o acordo, que seria nesta sexta (1º), porque as discussões estavam progredindo.
No mercado de dólar, além da pasmaceira com a véspera do carnaval, o cenário externo também contribui para deixar a moeda estável.
O presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) reafirmou a política paciente do banco central norte-americano em relação a aumentos de juros. Alta de juros por lá tende a fazer com que o dólar se valorize ante divisas emergentes, porque investidores normalmente sacam recursos aplicados nesses países (considerados mais arriscados) rumo a títulos da dívida dos EUA.
A moeda americana encerrou o dia a R$ 3,7450.