Turista muda versão e nega que foi estuprada por bombeiros no Rio

Caso foi registrado na tarde desta sexta-feira (1º) e está sendo investigado

© Ronen Zvulun/Reuters

Justiça Copacabana 01/03/19 POR Notícias Ao Minuto

Depois de relatar que havia sido estuprada por cinco soldados do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (1º), na praia de Copacabana, Zona Sul da capital fluminense, uma turista baiana, de 24 anos, mudou a versão e negou o crime.

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A mulher, cuja identidade foi preservada, disse em depoimento à delegada Valéria Aragão, que investiga o caso, que chegou a "trocar carícias" com um dos bombeiros, mas que os outros quatro não agiram, segundo informações do Extra.

"A princípio ela fez uma acusação que, aparentemente, é leviana. Disse que estava sob o efeito de ecstasy. E afirmou que o que ocorreu com esse bombeiro é que houve carícias e beijos trocados na areia. Depois, ele a convidou para o posto. Ela o acompanhou. Subiram de mãos dadas e permaneceram no local, trocando mais beijos e carícias. Não quis praticar o ato consensual porque estava muito cansada e sob efeito da droga. Depois, ela se retirou voluntariamente", afirmou a delegada.

 

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A mulher, ainda conforme Valéria Aragão, disse ser garota de programa e estar no Rio para trabalhar durante o carnaval. A turista também afirmou que estava sob "efeito de drogas e álcool" no momento em que tudo aconteceu.

"Falou que não sabia se realmente havia acusado eles. Disse que não lembrava do que havia falado. Os policiais militares falaram que ela alegou que tinha sido estuprada. Temos todo o cuidado de apurar porque é um crime gravíssimo e merece toda a atenção. O bombeiro irá responder administrativamente pela sua instituição", acrescentou a delegada.

Mais cedo, quando da primeira versão, a Secretaria de Estado da Polícia Militar informou que "policiais do 19° BPM (Copacabana), que estavam baseados em uma cabine na altura do Posto 02 da orla de Copacabana, foram abordados por uma turista alegando ter sido assediada por militares do Corpo de Bombeiros, durante a tarde desta sexta-feira (1/3). Os policiais abordaram o grupamento, composto por cinco militares, e conduziram todos os envolvidos para a 12ª DP (Copacabana)".

A corporação se pronunciou e disse que está acompanhando o caso. "Os militares responderão pela acusação à Justiça comum. No âmbito do CBMERJ, será instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM)", diz nota divulgada pelos bombeiros. O texto também destaca que a corporação "não compactua com nenhum ato que vá de encontro com a ética, a moral e os bons costumes".

A mulher realizou exame de corpo de delito. "Estamos aguardando o retorno do laudo (oriundo do exame de corpo de delito) para concluir a investigação", disse a delegada.

 

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