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As contas da secretaria destacam que 66,6% das pessoas com infecção eram do sexo feminino. “As mulheres são mais suscetíveis por questões anatômicas, principalmente. Tem uma uretra mais curta, fica mais próxima ao ânus, uma área bastante contaminada por bactérias. Além disso, algumas mulheres têm o costume de segurar para ir ao banheiro e, com isso, deixam de lavar o sistema urinário, já que ao urinar limpamos o canal de bactérias”, explica Cláudio Murta, médico urologista, coordenador do Hospital do Homem do Estado de São Paulo.
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Nos homens, principalmente nos mais idosos, o crescimento da próstata pode obstruir o canal urinário e facilitar a infecção. “A próstata não deixa que toda a urina saia da bexiga. Os resíduos que permanecem no corpo favorecem a infecção”, destaca o médico.
Os principais sintomas da infecção são dor ou queimação ao urinar, dor no “pé da barriga” – próximo à região do púbis – e vontade de urinar várias vezes, em pequenas quantidades. Também pode haver febre e sangramento na urina.
“A maior parte das infecções são benignas, bem tranquilas. O tratamento é fácil, com risco pequeno. Agora, nos mais idosos, naqueles que passaram por alguma cirurgia no trato urinário, a infecção pode ser grave, pode virar uma infecção generalizada e até matar”, ressalta Murta. Um médico deve ser procurado assim que os sintomas aparecerem.
Para evitar infecção urinária é fundamental ingerir bastante líquido, evitar segurar a urina, e higienizar regiões genitais antes e depois das relações sexuais. “Às mulheres, é indicado sempre urinar após a relação sexual, já que a entrada de bactérias na bexiga é favorecida por qualquer fator que as empurre na direção do órgão”, diz o urologista.
Também é aconselhável, após a evacuação, ao higienizar a vulva e região perianal, limpar sempre no sentido de frente para trás, para evitar que bactérias passem do ânus para a vagina.