Bolsonaro posta vídeo obsceno e internautas o acusam de cometer crime

Presidente foi bastante criticado em festas de rua pelo Brasil durante o carnaval

© Isac Nóbrega/PR

Política Twitter 06/03/19 POR Ansa com Notícias ao Minuto

Criticado em blocos de carnaval Brasil afora, o presidente Jair Bolsonaro reagiu e usou o Twitter para postar um vídeo escatológico para associar as festividades de rua à obscenidade.

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As imagens, feitas em um bloco de carnaval em São Paulo, mostram um homem colocando o dedo no ânus e depois se abaixando para outro indivíduo urinar em sua cabeça.

"Não me sinto confortável em mostrar, mas temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades. É isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro. Comentem e tirem suas conslusões [conclusões]", escreveu Bolsonaro no Twitter.

+ Deputado é condenado por fake news disparadas de seu escritório

Segundo a Folha de S. Paulo, o vídeo é de um bloco chamado "Blocu", que desfilou na última segunda-feira (4), no centro de São Paulo. Após mais de 12 horas de sua publicação, a postagem continuava disponível para os 3,45 milhões de seguidores do presidente na rede social.

Muitos internautas pediram o impeachment do presidente, com base na lei 1.079 da Constituição Federal, que dispõe sobre os crimes de responsabilidade, entre eles “proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”.

Os blocos pelo país foram marcados pelos protestos contra Bolsonaro, xingado por foliões em diversas cidades. Além disso, muitas fantasias ironizaram as supostas candidaturas laranjas do PSL e a relação da família Bolsonaro com Fabrício Queiroz.

No célebre carnaval de Olinda, o boneco do presidente da República foi hostilizado pelo público e alvo de latas de cerveja, apesar de também ter recebido aplausos.

Bolsonaro ainda criticou "dois famosos" que, segundo ele, acusam o governo de querer acabar com o carnaval, em referência a Caetano Veloso e Daniela Mercury. Na música "Proibido o carnaval", os artistas defendem a liberdade sexual, ironizam a ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, e demonstram apoio ao ex-deputado Jean Wyllys, que se autoexilou na Europa devido a ameaças de morte.

"Dois 'famosos' acusam o governo Jair Bolsonaro de querer acabar com o Carnaval. A verdade é outra: esse tipo de 'artista' não mais se locupletará da Lei Rouanet", escreveu o presidente no Twitter, ao publicar o vídeo de uma marchinha pró-governo. (ANSA)

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