© Marcos Brindicci / Reuters
O Dia Internacional da Mulher será lembrado, em Buenos Aires, na Argentina, com protestos em todo o país, organizados por mais de 80 organizações, a exemplo do que já ocorre desde 2015. Também está marcada uma greve geral de mulheres.
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A cada ano, novas reivindicações entram na pauta: violência, legalização do aborto, mais cotas de representação parlamentar, fim da desigualdade salarial e o pedido de políticas mais eficientes para evitar abusos sexuais, principalmente contra menores de idade.
“No ano passado, tivemos 350 mil pessoas marchando desde o Congresso até a Praça de Maio. Neste ano, pretendemos superar essa marca, e queremos aumentar também a participação de homens, que no ano passado já foi bastante significativa”, diz Florencia Minici, uma das fundadoras do grupo #NiUnaMenos, surgido em 2015 para pedir o fim da violência contra a mulher.
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De acordo com informações da Folha de S. Paulo, chega a 45 o número de mulheres mortas, somente este ano, na Argentina. A maioria vítima de violência doméstica.
Em 2019, o nome de Lucía, de 11 anos, que engravidou após ser estuprada pelo companheiro da avó, de 65 anos, impulsionará as manifestações. A Justiça tardou a autorizar o aborto e, quando o fez, foi a vez de os médicos se negarem a fazer o procedimento. Uma médica, então, foi acionada, mas ao invés de realizar um aborto fez uma cesárea, sem a autorização da família da vítima.
As manifestantes sairão às ruas com os já populares lenços verdes, que evocam os lenços brancos das Mães e Avós da Praça de Maio, símbolos dos movimentos que buscam encontrar filhos e netos desaparecidos durante a ditadura militar no país (1976-1983).