© iStock
PUB
Insulto, humilhação, ameaça, perseguição e ofensas sexuais fazem parte do rol de crimes contra a mulher que vem crescendo na internet. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública com o Datafolha, segundo o jornal 'O Globo', que mostra um aumento de 1,2% em 2017 para 8,2% em 2019.
+ Pauta feminina prioriza projetos contra violência e pela igualdade
As mulheres questionadas ranquearam os locais onde sofreram a violência mais grave nos últimos anos. Em primeiro lugas disparadamente aparece a casa, com 42% das respostas, seguida pela rua (29,1%), lugar indefinido (9%) e internet (8,2%).
"O crescimento desse espaço virtual como espaço de interação vai reproduzir a vulnerabilidade da mulher à violência como ocorre no espaço público", diz Cristina Neme, consultora de projetos do Fórum e uma das responsáveis pela pesquisa. A polícia, por sua vez, também registra um aumento do número de casos de violência virtual. A titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de Duque de Caxias, Fernanda Fernandes, diz que um dos crimes que mais registram aumento é o "estupro virtual", quando a vítima é coagida a produzir conteúdo sexual sob ameaça de divulgação de fotos e vídeos, além da pornografia de vingança, quando imagens íntimas são divulgadas pelo agressor.
"Vivemos em uma sociedade machista, em muitos casos a vítima era culpabilizada. Por outro lado, o aspecto positivo é que, com as redes sociais, passamos a ter a materialidade do crime", comenta a delegada.