© Carolina Antunes/PR
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Pelo segundo dia consecutivo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) defendeu a reforma da Previdência e deu algum ânimo a investidores, que andavam inconformados com a discrição dele sobre o tema.
O resultado ajudou a apagar o pior da semana mais curta do mercado, que além disso vinha sofrendo com a piora no cenário global.
A Bolsa brasileira avançou 1,08%, a primeira alta acima de 1% desde o dia 19 de fevereiro, véspera da apresentação do projeto para mudanças nas aposentadorias. O Ibovespa, principal índice acionário do país, encerrou cotado a 95.364 pontos.
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A alta ocorreu mesmo após um novo indicador que pressionou o mercado americano, dados piores que o esperado de geração de postos de trabalho. Por lá, as Bolsas fecharam no vermelho.
O dólar, que chegou superar os R$ 3,90 no começo do pregão, inverteu o sinal e terminou o dia a R$ 3,8720, com queda de 0,36%.
"O mercado ainda está receoso com relação à Previdência, o que deixa o mercado mais nervoso é que o governo está mostrando que não está muito focado na reforma, está se deixando levar por outros assuntos políticos, meio eleitorais", afirmou um operador de uma instituição financeira à agência de notícias Reuters.
Nesta sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que a aprovação da Previdência no Congresso não pode levar um ano, ressaltando que é necessário aprová-la no primeiro semestre.
Participantes do mercado, no entanto, já trabalham com a expectativa de que a tramitação será concluída apenas no segundo semestre.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que marcou para a próxima quarta-feira (13) a instalação da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que estava prevista para antes do Carnaval.
Maia também cobrou o envio do projeto de aposentadoria para os militares, afirmando que ele só será votado após a aprovação da PEC. Com informações da Folhapress.