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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - D'Alessandro não é titular atualmente no Inter. Ainda assim, o argentino que completará 38 anos em breve é considerado peça importante no elenco. A entrada "dosada" depende das características do jogo e até mesmo a posição em campo varia de acordo com o perfil da partida.
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D'Alessandro é originalmente meia. Já jogou centralizado ou mesmo aberto pelos dois lados. Desde que voltou ao Inter, em 2017, depois de passagem pelo River Plate, também atuou como atacante na função de "falso nove" e como volante na segunda linha do meio-campo.
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Em quase todas estas posições ele ainda pode atuar. A escolha dependerá das características encontradas no adversário e no duelo através dos estudos da comissão técnica e da análise de desempenho do clube. O gringo poderá executar mais de uma função e sua participação também pode causar surpresa ao time rival.
Em 2017 D'Ale fez 52 jogos marcando oito gols. Na temporada passada já reduziu o número de participações, com 37 partidas e sete gols marcados. E a tendência é que em 2019 faça ainda menos partidas.
FOCO EM JOGOS NO BEIRA-RIO
Outro fator que pesará na entrada de D'Alessandro é o local do duelo. A ideia é que ele atue preferencialmente em jogos em casa, onde o Internacional tem predileção por ter a bola e precisará abrir espaço nas defesas adversárias. Fora, o gringo deve começar no banco em razão da postura reativa da equipe.
"Fora de casa o jogo é bem diferente do Beira-Rio. Eu mostrei nas últimas rodadas que fiz parte do Brasileiro passado que fisicamente posso dar conta. Claro que tem posições em campo que exigem mais do que outras. Do jeito que eu jogava em 2015, aberto, quando fiz 20 e tantos gols, e nunca mais vai se repetir ou se repetiu, por fora, acompanhando lateral, eu até poderia fazer mas precisaria de um suporte dos companheiros. Só jogando com três volantes. Com dois, fica muito complicado, eu me desgastaria muito mais rápido. A estrutura do time teria que dar liberdade para isso. Precisaria de alguém com mais vitalidade, mais novo. Mas nunca me negaria a jogar em posição alguma. Volante por dentro, já fiz direita e esquerda. Exige menos quando o time tem a bola, dentro de casa. Fora de casa muda. Eu falo com o treinador, ele fala comigo, vamos nos entendendo muito bem", disse o jogador.
Odair Hellmann foi responsável por dizer, na última semana, que a utilização de D'Alessandro seria dosada. Beirando os 38 anos, a participação dele nos jogos será menor a cada temporada, porque demanda um período maior de recuperação entre um enfrentamento e outro.
Ainda que esteja bem fisicamente, D'Ale precisa de descanso para contribuir tudo que pode em momentos específicos de jogos e campeonatos.
"Jogando fora de casa se é mais atacado, se espera que o adversário se atire mais, como aconteceu no Chile (contra o Palestino, pela Libertadores). Nos primeiros 10 ou 15 minutos, eles chegaram na nossa área. Mas não somos uma equipe que tenha por característica a posse de bola. Até acho que tentamos, e mostramos isso no Brasileiro passado, mas somos uma equipe de força, que quando dá para pressionar, pressiona. Mas quando não dá, baixa as linhas e espera o adversário abrindo espaços para um contra-ataque. Porque o adversário ataca e abre lugar para um Nico, um Pottker... Temos dois volantes rápidos, um com melhor passe e o outro mais móvel, que se complementam. Em casa, vamos enfrentar adversários mais fechados, daí tem que ter paciência, não teremos estes espaços e somos nós que temos que propor. Tem que atacar marcando, como se diz, ser inteligente e ter equilíbrio", disse D'Ale.
A entrada na equipe demandará estudo. Independente de quando utilizar reservas e titulares, a passagem dele pelo campo será pautada pelo que puder ocorrer nos jogos.
"Tem vários fatores que temos que estudar, mas tudo isso fará parte de nossa inteligência, de enxergar dentro do jogo. No final mesmo quem decide somos nós em campo, quem sabe o que precisa fazer e de que maneira", completou.
Neste domingo (10), D'Alessandro deve começar contra o Aimoré, no Beira-Rio, pelo Gaúcho. Em casa e junto aos suplentes, o gringo fará seu sexto jogo com a camisa vermelha neste ano. Até agora são 274 minutos em campo, sendo que a última vez como titular ocorreu há mais de um mês.