© REUTERS / Luisa Gonzalez
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Grupo de Lima, fórum de 14 países das Américas, responsabilizou neste domingo (10) "exclusivamente" o regime do ditador Nicolás Maduro pelo apagão sem precedentes que afeta a Venezuela deste quinta-feira (7).
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Em nota, o grupo afirma que se solidariza com os venezuelanos afetados "pelo apagão que se prolonga há mais de 50 horas" e cita informações não confirmadas de que 18 pessoas foram "vítimas" da falta de abastecimento elétrico em hospitais e clínicas do país.
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"Esta situação não faz senão confirmar a existência e a magnitude da crise humanitária que o regime de Maduro se nega a reconhecer", afirma o texto.
"Responsabilizamos exclusivamente o regime ilegítimo de Maduro pelo colapso do sistema elétrico venezuelano."
No sábado (9), a ONG Codevida informou que pelo menos 15 pacientes morreram devido após a paralisação dos serviços de hemodiálise devido ao apagão na Venezuela.
"Entre ontem e hoje [sexta e sábado] são 15 mortes por falta de hemodiálise. Nove das mortes foram em Zulia, duas em Trujillo e quatro no hospital Pérez Carreño de Caracas", informou Francisco Valencia, diretor da ONG.
Segundo ele, a falta de eletricidade é crítica em 95% das 139 unidades de hemodiálise da Venezuela.
O grupo, do qual o Brasil faz parte, reiterou ainda o apoio ao autodeclarado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.
"Somente um governo legítimo surgido de eleições livres e democráticas poderá realizar a reconstrução das instituições, da infraestrutura e da economia do país, de que os venezuelanos necessitam para recuperar sua dignidade, o exercício das liberdades civis e o respeito de seus direitos humanos, após anos de negligência e negação", finaliza o texto.